Uma das maiores atrizes do Brasil, Tânia Alves bate um papo com Danilo Gentili no The Noite desta terça-feira (25). Com 50 anos de carreira e eternizada como a Maria Bonita, ela fala sobre o fato de ter feito muitos papeis de mulher nordestina, mesmo sendo carioca. “Eu participava de um grupo de teatro chamado ‘Grupo Chegança’, do diretor Luiz Mendonça, pernambucano, e o nosso conceito era musicar o cordel nordestino. Fazíamos musicais maravilhosos e os diretores de televisão iam assistir. Aí me chamaram para começar a fazer essas personagens. Me especializei”, explica.
Sobre o sucesso de sua ‘Maria Bonita’, declara: “isso sempre me impressionou muito. Uma das grandes preocupações de atores de televisão é esse esquecimento depois que você sai do ar…. E eu fico impressionada que ‘Lampião e Maria Bonita’ tem 40 anos, eu acho, e foram só oito episódios. Quem viu, ainda se lembra e outras pessoas viram as reprises ou têm o DVD”. Após rever cenas da trama, se emociona principalmente ao ver Nelson Xavier e diz: “que parceiro generoso. Maravilhoso. Ele me deu um suporte incrível e tínhamos uma química artística muito grande. E é uma história de um grande amor. Então acho que tem essa força que vai atravessar as eras”.
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Tânia diz conhecer pessoas da família de Lampião e afirma: “sou muito amiga da Vera Ferreira, que é neta do Lampião. Filha da Expedita. A Verinha me fala que o único trabalho que ela gostou mesmo foi o nosso. Mesmo que ela ache um pouco glamourizado demais. Ela considera o melhor trabalho feito pelo cangaço de teledramaturgia”. Questionada se prefere atuar ou cantar, responde: “não sei, sempre prefiro o que estou fazendo no momento. Antes da pandemia eu estava só cantando, durante muitos anos. Fizemos 12 anos de ‘Palavra de Mulher’, alternando com meus shows solo. Da pandemia para cá eu fiz três séries e quatro filmes. Só atuando e poucos shows”.
A intérprete de Filó na primeira versão de Pantanal responde se acompanhou a versão atual e comenta: “eu não tenho nem tv aberta. Não tenho tempo de assistir televisão. Gosto de streaming porque aí, quando eu tenho tempo, faço maratonas“. Atualmente com uma rede de spas, declara: “o que me toma mais tempo no cerebral é ser empresária. E eu não faço a parte administrativa, mas a parte conceitual, controle de qualidade. A parte artística acaba sendo terapêutica para mim, é uma delícia“.
Ainda nesta terça, os telespectadores conferem um musical de ‘A Pequena Sereia’ no palco da atração.
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