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Quando uma história fala sobre solteironas trabalhando em loja para noivas indica criatividade do roteirista. Em “Tapas e Beijos” o detalhe não fica só neste ponto. A acelerada movimentação dos personagens, ótimas performances dos artistas e a breguice inteligente da trilha musical vem acompanhada de roteiro bem estruturado por Cláudio Paiva, o mesmo de “A Grande Família” entre 2001 e 2007.
Tenho observado a total falta de solidez no argumento de filmes e novelas nacionais. “De Pernas para o Ar 2” é um belo exemplo disso. Vemos no filme cenas cuja fragilidade do argumento não suporta uma simples raciocinada. No caso de Cláudio dá gosto ver ideias bem pensadas. Quando Fátima avisou que iria se atirar pela janela caso Sueli saísse e a deixasse só e deprimida, a amiga pediu para não abrir muito a janela por que iria chover. O seriado prima por outras tantas sutilezas enriquecendo nossa noite.
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A Globo conseguiu se adaptar perfeitamente ao estilo de vida atual do brasileiro. Diminuiu a duração do programa, trouxe temas apropriados para várias classes sociais e conseguiu argumentos inteligentes sem ser piegas.
Que continue assim! Que seja imitada! Lá vem milagre!
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