Uma gigante dos shoppings conseguiu ressurgir das cinzas após ser comprada por outra empresa. A fusão das marcas é uma estratégia para conseguir aniquilar a Magazine Luiza
O setor varejista, sem sombra de dúvidas, é um dos que mais movimentam a economia do Brasil. Entretanto, a pandemia da Covid-19 acabou afetando esse setor que acabou atravessando uma fase muito difícil. Várias empresas ficaram à beira da falência, enquanto outras fecharam as portas. Dessa vez, falaremos de uma gigante dos shoppings que conseguiu ressurgir das cinzas após ser comprada por uma rival e tudo para aniquilar a Magazine Luiza.
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Para quem não sabe, estamos falando a respeito da Tok&Stok, que foi comprada pela Mobly e fundos geridos pela SPX Capital. Segundo informações do portal G1, a negociação foi selada em agosto deste ano e a transação se dará por meio do aumento de capital da Mobly. Os fundos geridos pela SPX transferem a totalidade de sua participação de 60,1% na Tok&Stok para a Mobly e passam a deter 12% da companhia combinada.
Com a operação, a Mobly passa a operar 70 lojas físicas, de ambas as marcas. A receita líquida anual combinada atinge R$ 1,6 bilhão. Em nota, a Mobly informou que as duas empresas continuarão a operar de forma totalmente independente, com suas respectivas marcas e posicionamentos de mercado. A concretização do acordo está sujeita ao cumprimento de condições precedentes.
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Entre elas, segundo informou o G1, está a aprovação, pela Justiça, de um pedido de recuperação extrajudicial envolvendo os credores da Tok&Stok e que prevê o alongamento do pagamento do principal da dívida e dos juros, com prazo final em 2034. Nesse caso, a maioria dos credores já concordaram com o acordo. Nos últimos anos, a empresa sofreu vários processos de falência.
Em 2023, a empresa enfrentou vários problemas financeiros. A rede rival da Magazine Luiza chegou a contratar a consultoria Alvarez & Marsal no início de 2023 para formatar uma reorganização financeira de uma dívida que chega a R$ 600 milhões. Também no começo do ano passado, a empresa foi alvo de uma ação de despejo por falta de pagamento de aluguel, em Minas Gerais.
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A empresa conseguiu quitar o valor de mais de R$ 2 milhões, mas enfrentou uma nova dificuldade em junho de 2023, após a Justiça determinar que a varejista precisaria desocupar um shopping em Ribeirão Preto, por conta de um novo atraso no aluguel. Além disso, a empresa sofreu com outro pedido de falência por parte de uma empresa que alegou atraso no pagamento de R$ 3,8 milhões. O fato é que essa reviravolta da venda dos negócios, pode salvar a rival da Magalu.
Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?
Segundo informações do portal Vem Pra Dome, ambos os institutos têm como objetivo a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.
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No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.
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A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável.