Decreto de Tebet e Haddad atinge em cheio salário do INSS voltado aos idosos 60+ e situação colocou benefício essencial para esse mesmo grupo na mira de cortes
E nesta quarta-feira (24), uma lista de beneficiários do INSS, em sua maioria composta por idosos 60 +, precisam ficar em alerta com uma nova regra que atinge em cheio alguns salários pagos pela autarquia por meio de um benefício essencial.
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Conforme divulgado pela CNN, está programada uma ação para realizar até 800 mil perícias presenciais neste ano de 2024, focando no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Benefício por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença).
De acordo com o Estadão, estima-se um corte de R$ 600 milhões em pagamentos indevidos por mês nos gastos do governo, chegando a R$ 3,6 bilhões em seis meses. Como muitos sabem, esses benefícios atendem:
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- Idosos de baixa renda que já estão acima de 60 anos.
- Pessoas portadoras de deficiência;
- Trabalhadores que que sofreram acidentes ou enfermidades que os impedem de seguir oficio;
Enxugando o orçamento
Ainda de acordo com a CNN, essa iniciativa tem como objetivo revisar e corrigir pagamentos indevidos.
A ordem chegou após os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) sinalizarem com uma revisão nos gastos do governo para atingir a meta de zerar o rombo em 2025.
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As estimativas do INSS indicam que essa revisão pode gerar uma economia mensal de R$ 600 mil, acumulando uma poupança anual de R$ 7,2 bilhões. Tal cálculo se baseia na hipótese de que aproximadamente metade dos benefícios revisados estejam sendo pagos de forma indevida.
A expectativa é que a implementação do sistema Atestmed, que facilita a concessão de auxílios de curto prazo via análise documental, permita que os servidores do INSS foquem na revisão dos benefícios de longo prazo.
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Em entrevista recente à CNN, Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, destacou a necessidade de revisões bienais dos benefícios, conforme a lei, uma prática que não vem sendo cumprida. Stefanutto também enfatizou que o real potencial de economia será conhecido apenas após a conclusão das revisões.
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“Somente ao revisar saberemos a economia exata. Temos espaço para melhorar nossa cobrança administrativa, visando que os benefícios pagos por erro ou fraude sejam devolvidos rapidamente, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas”.
Embora existam discussões sobre mudanças estruturais nos benefícios, como a modernização da indexação do BPC para equilibrar o orçamento do próximo ano, o governo Lula prefere inicialmente focar nas perícias e revisões de pagamentos.
Stefanutto expressou confiança de que o governo encontrará formas criativas de realizar cortes sem prejudicar os beneficiários dependentes.
Ele ainda reforçou a relevância do BPC para a melhoria da qualidade de vida e distribuição de renda no país: “O BPC desempenha um papel crucial. O dinheiro injetado na economia via este benefício gera consumo e promove um ciclo importante de distribuição de renda”
O que fazer para não ter o benefício do INSS cortado?
Segundo o portal Escobar Advocacia, as principais situações em que muitos segurados podem vir a ter o benefício suspenso pelo INSS são:
- Falta de atualização no CadÚnico para receber o BPC;
- Não comparecer às perícias médicas periódicas dos benefícios por incapacidade;
- Deixar de realizar a prova de vida;
- Não cadastrar a declaração de cárcere durante o recebimento do auxílio-reclusão;
- Após ser notificando no pente-fino, não apresentar a defesa prévia em até 30 dias.
Sendo assim, caso você se enquadre em alguma das situações de benefícios é muito importante que você entre em contato com o INSS e regularize sua situação.
Agora, se mesmo com a situação regularizada você sofrer o corte aí a recomendação é que você procure imediatamente a ajuda de um profissional especialista, como advogados, para analisar o que pode ser feito.