Teimosia em reprisar “ODM” faz Record ser humilhada na audiência

Moisés (Guilherme Winter) em cena de “Os Dez Mandamentos” (Foto: Reprodução/Record)

A Record é conhecida por sua teimosia em esgotar seus sucessos de forma prejudicial. Na última edição desta coluna afirmei que a volta de “Os Dez Mandamentos” pode ser considerada precoce, configurando-se um erro da emissora. O folhetim bíblico, que retornou à tela na última terça-feira (25), teve o último capítulo original da 1ª temporada exibido em 23 de novembro de 2015 e o da 2ª em 04 de julho de 2016.

Alguns leitores, inclusive, chegaram a retrucar-me, por não esperar a reestreia acontecer. Ora, precisava? A novela foi fenômeno sim, porém não é de bom senso uma reprise tão prematura, com menos de dois anos do fim da exibição original da primeira temporada e apenas um ano do fim da segunda.

Resultados? A reestreia de “Os Dez Mandamentos” marcou 6,5 pontos na terça-feira (25), 6,4 na quarta-feira (26), 6,9 na quinta-feira (27), 5,3 na sexta-feira (28) e 6,3 na segunda-feira (31). A média dos cinco primeiros capítulos é de 6,3 pontos (cada ponto equivale a 70,5 mil domicílios na Grande São Paulo).

Como consequências dos números bem abaixo do esperado, a emissora de Edir Macedo tem sido frequentemente humilhada ao perder para suas concorrentes diretas, chegando a amargar o quarto lugar. Além disso, tais números entram no efeito cascata e reduz as chances de as atrações posteriores, como “SP Record”, “Belaventura”, “O Rico e Lázaro” e “Jornal da Record” atingirem bons índices.

Ainda há quem defenda a atitude da emissora, haja vista que a própria Record mantém a esperança de “Os Dez Mandamentos” deslanchar. Não há dúvida que essa possibilidade existe. Entretanto, quanto tempo levará até que isso ocorra? Valerá a pena ficar em quarto lugar por vários momentos e correr o risco de comprometer a nova grade?

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