Loja rival da C&A fecha as portas em shopping de Salvador, após terror de falência. Saiba os detalhes
O cenário varejista global continua a apresentar desafios significativos, especialmente para grandes redes de moda. Em 2025, notícias sobre reestruturações e dificuldades financeiras voltaram a surgir, impactando operações internacionais e gerando incerteza no setor.
A partir de informações divulgadas pelos portais da Folha de S.Paulo e Veja, a equipe do TV Foco, especializada em notícias sobre economia e negócios, traz agora mais detalhes sobre o assunto.
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Uma conhecida varejista de moda norte-americana vivenciou o encerramento de suas operações no Brasil. Isso ocorreu ainda em junho de 2022, marcando o fim de um ciclo para a marca no país.
Essa saída incluiu o fechamento de uma loja emblemática no Shopping da Bahia, considerado o principal centro de compras de Salvador. O adeus definitivo da marca na Bahia repercutiu entre os consumidores locais.
O adeus no Brasil em 2022
Após oito anos de presença no mercado nacional, a Forever 21 decidiu fechar todas as suas 15 unidades brasileiras. A empresa comunicou a decisão por meio de suas redes sociais, simultaneamente ao anúncio de uma grande liquidação com 50% de desconto.
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Além de Salvador, a rede, que concorria com gigantes como a C&A, possuía pontos de venda em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Também marcava presença em Brasília e Porto Alegre, demonstrando um amplo alcance que chegou ao fim.
Nova crise e pedido de falência nos EUA
Já em março de 2025, a matriz da empresa nos Estados Unidos enfrentou um novo “terror de falência”. A varejista entrou com seu segundo pedido de recuperação judicial em apenas seis anos, conforme noticiado pela Veja.
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Essa medida drástica ocorreu porque a F21 OpCo, entidade operacional da marca nos EUA, não obteve sucesso em encontrar um comprador. A dificuldade em vender suas aproximadamente 350 lojas americanas reflete tendências de mercado desafiadoras.
Fatores por trás da dificuldade
Nesse sentido, diversos fatores contribuíram para essa situação delicada nos Estados Unidos. A ascensão de gigantes do comércio eletrônico, como Shein, Temu e Amazon, representou uma concorrência formidável para a empresa.
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Adicionalmente, o declínio dos grandes shoppings centers americanos impactou negativamente varejistas tradicionais de moda. Representantes da F21 OpCo indicaram a ausência de um caminho sustentável para o futuro da operação.
Eles citaram a competição estrangeira agressiva, que se beneficia de isenções fiscais, bem como custos crescentes. Mencionaram ainda os desafios econômicos que afetam seus clientes principais e as mudanças nas tendências de consumo.
Como a empresa chegou a este ponto?
Fundada em Los Angeles em 1984 por imigrantes sul-coreanos, a Forever 21 alcançou grande popularidade entre jovens. A marca era conhecida por suas roupas acessíveis e alinhadas às últimas tendências da moda.
No entanto, a empresa já havia passado por um processo de recuperação judicial em 2019. Após a primeira reestruturação, foi adquirida por um consórcio que incluía a Authentic Brands Group e operadoras de shoppings.
Mais recentemente, a operação passou a ser propriedade da Catalyst Brands, evidenciando um cenário complexo para grandes redes. Atualmente, a empresa busca uma venda supervisionada judicialmente nos EUA, embora suas lojas e site americanos permaneçam operacionais por enquanto.
O recente pedido de falência nos EUA listou ativos estimados entre 100 e 500 milhões de dólares. Em contrapartida, os passivos variam de 1 a 10 bilhões de dólares, afetando entre 10.001 e 25.000 credores.
Dessa maneira, a esperança reside em uma venda bem-sucedida que evite a liquidação total das operações americanas. Pontos importantes incluem:
- Encerramento das operações no Brasil em junho de 2022.
- Novo pedido de falência nos EUA em março de 2025.
- Impacto da concorrência online e declínio de shoppings nos EUA.
Considerações finais
Em suma, o episódio da Forever 21 ilustra as pressões contínuas sobre o varejo físico tradicional em 2025.
Portanto, o futuro da marca global permanece sujeito às complexidades do mercado e aos resultados do processo de reestruturação em seu país de origem.