Chefão do banco Bradesco se demite após 15 anos e crise vem à tona caindo como uma verdadeira bomba na instituição
E a notícia da demissão de um dos chefões do banco Bradesco, considerado o 2º maior banco do país, acaba de ser anunciada e crise pela qual ele vem passando vem à tona e cai como uma verdadeira bomba em meio a instituição.
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Segundo o portal Valor, que obteve com exclusividade algumas informações a respeito da situação, essa mudança na presidência do Bradesco, que foi anunciada na última quinta-feira (23), desencadeou em outras alterações na cúpula do banco.
O chefão que pediu pela sua demissão foi Eurico Fabri, cujo cargo era de vice-presidente executivo, responsável pela área de atacado da instituição financeira, e que estava na instituição a 15 anos.
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Ainda de acordo com o portal, Eurico renunciou ao cargo, alegando razões pessoais.
Mais perdas …
Fora isso, o Bradesco também perdeu a única mulher que fazia parte de sua diretoria-executiva, Walkiria Schirrmeister Marchetti, que antecipou sua aposentadoria e solicitou o seu desligamento da instituição.
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Vale dizer que essa debandada de executivos está ocorrendo poucos dias depois do conselho administrativo do Bradesco nomear Marcelo Noronha para o cargo de CEO em substituição a Octavio de Lazari Jr, que migrou para o conselho de administração.
Porém essa troca trouxe a tona uma crise pela qual a instituição enfrenta. Isso porque ela se deu após dois anos de resultados abaixo do esperado.
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Entre os motivos da dessa baixa, está as perdas na operação de crédito e de uma dificuldade do banco de se reposicionar no segmento de alta renda.
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Na surdina
Essa mudança chocou de certa forma porque foi feita “debaixo dos panos”, uma vez que o Bradesco não deu ao mercado nenhum indicio do que estava ocorrendo
De acordo com o estatuto social do banco, Lazari, de 60 anos, poderia ficar no cargo até os 65 e os substitutos de Fabri e de Marchetti ainda não foram anunciados pelo banco.
Já Eurico Fabri ocupava o comando da área de atacado do Bradesco desde o começo de 2023, quando trocou de lugar com Noronha.
É válido destacar que a área do varejo é a que mais necessita de atenção no Bradesco no atual cenário crítico. A vertical tem mostrado resultados fracos em meio à alta da inadimplência, após o banco ter concedido crédito em ritmo acelerado.
Enquanto estava na vice-presidência, Noronha já sinalizou que pretendia fazer mudanças para melhorar a rentabilidade da operação.
Como mencionamos, Fabri estava no Bradesco à 15 anos, visto que ingressou no grupo ainda no ano de 2008, vindo da financeira Finasa.
Em 2017, entrou para a diretoria-executiva do Bradesco e era vice-presidente desde 2018. A escolha de Noronha para a presidência limitou o espaço para o executivo continuar crescendo na organização.
No modus operandi do Bradesco, a escolha do presidente do banco costuma recair sobre um de seus vice-presidentes.
Quem agora faz parte da alta cúpula do Bradesco?
Atualmente, fazem parte da vice-presidência Cassiano Scarpielli, José Ramos Rocha Neto, Moacir Nachbar Junior e Rogério Câmara.
Com a saída de Fabri e a ascensão de Noronha, dois outros nomes devem ser anunciados caso o desenho atual seja mantido.
Como mencionamos, com a saída de Walkiria Marchetti, que era responsável pelas áreas de infraestrutura de tecnologia de informação e governança de TI (áreas vitais para a digitalização do Bradesco), o banco acabou ficando sem nenhuma mulher na diretoria-executiva.
Marchetti era a única desde agosto, quando Glaucimar Peticov, que cuidava, entre outras coisas, de recursos humanos, pediu demissão.
No conselho de administração, o banco tem apenas duas mulheres: Denise Aguiar e Denise Pavarina.