A última edição do reality show “The Voice Brasil” estourou a cota de músicas internacionais estabelecida pelo próprio programa e pela emissora. Existe uma meta interna para que as canções internacionais não ultrapassem 35% do total. Ontem, foram quatro músicas em português e quatro em inglês no total de oito batalhas. O reality show busca audiência (é a segunda maior da Globo, só atrás de “Amor à Vida”) com um equilíbrio entre músicas brasileiras e estrangeiras. Assim, consegue ter uma “cara” pop, que o diferencia dos demais programas do gênero, e atrai jovens. Se tivesse mais MPB, o “The Voice Brasil” não seria tão “antenado” com as paradas e tendências musicais.
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Além disso, a opção por músicas em inglês é mercadológica. Dos dez singles mais vendidos no iTunes brasileiro, sete são de “The Voice”. Dessas, apenas uma é cantada em português. No programa de quinta-feira, foram entoadas em inglês Eleanor Rigby, dos Beatles, One/Isn’t She Lovely, de U2/Stevie Wonder, Girl on Fire, de Alicia Keys, e Titanium, de David Guetta.
As músicas em inglês selecionadas no programa geram críticas de uma ala que defende que o programa procura uma voz do Brasil e para issso precisa preservar sua cultura. Intelectuais que acompanham o programa utilizam as redes sociais para criticar a preferência. “Eles [os jurados] gostam de quem canta em inglês. Saco”, disse a jornalista Flávia Oliveira, recebendo o apoio do também jornalista Artur Xexéo, ambos de O Globo.
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Com informações do jornalista Daniel Castro.
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