Draúzio Varella levou 5 meses para matéria de trans presidiária, que agora tem corrente de amor, carta e vaquinha

Reportagem de Dráuzio Varella no Fantástico emociona após solidão da mulher trans Suzy (Foto: reprodução/Globoplay)

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Após a reportagem feita pelo médico Dráuzio Varella, transmitida pelo Fantástico, da Rede Globo, no último domingo (1), uma grande mobilização foi feita por telespectadores, principalmente na internet, após terem se sensibilizado com a situação de uma detenta.

No especial, que acabou demorando incríveis cinco meses para ser feito, ele conversa com detentas para colher depoimentos sobre o preconceito, abandono e violência vivido por elas no tempo em que estão reclusas. Um dos momentos mais emocionantes, e que acabou gerando a grande mobilização, foi protagonizado pelo médico e Suzy Oliveira, uma mulher trans que não recebe visita a quase 8 anos.

Após ter se surpreendido com a imensa solidão de Suzy, Dráuzio Varella consolou a jovem com um forte e caloroso abraço, e emocionou a todos com sua sensibilidade, já que ele poderia ter simplesmente ter sido imparcial, e não ter tido a honrosa atitude.

Durante entrevista para o site ‘Noticias da TV’, o médico acabou contando que a matéria demorou quase seis meses para ficar pronta, já que ele e sua equipe tiveram que fazer uma peregrinação pelas penitenciarias de São Paulo, para colher os depoimentos e conseguir montar a reportagem.

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Cartas para Suzy

Depois do especial, o Twitter oficial da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo chegou a se posicionar oficialmente sobre o endereço da detenta, pois milhares de pessoas estavam dispostas a enviar cartas para Suzy, após serem tocados com a solidão sofrida por ela.

Vakinha

Vaquinha online foi criada para ajudar Suzy, após reportagem do Fantástico (Foto: reprodução)

“Levar amor à Susy na Penitenciária”, esse é o nome da vaquinha online criada pela Advogada Camila Ribeiro, de Porto Alegre, para tentar ajudar a detenta. Com isso ela mostra seu apoio, respeito e admiração, após a reportagem do Fantástico feita por Dráuzio Varella.

A meta inicial era arrecadar R$2 mil reais, mas como esse valor foi facilmente batido, Camila acabou mudando a para R$3,5 mil. Em entrevista ao Extra, ela acabou falando sobre o assunto e disse até mesmo que pretende viajar para São Paulo para conhecer a jovem, após a conhece-la por intermédio da matéria do médico.

A advogada Camila Ribeiro, criadora da boa ação (Foto: reprodução)

“Como profissional, tenho o privilégio de entrar no presídio sem a burocracia de um visitante comum. E quero ler o processo dela. Isso, claro, se ela quiser. O mais importante é a Susy e outras presas saberem que são queridas e podem ser ajudadas aqui fora”, relatou em entrevista ao Extra.

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Ela ainda completou dizendo que pretende abraçar todas as detentas, independente dos crimes cometidos, pois imagina como deve ser difícil ser uma mulher trans no Brasil, e sabe como é a dor da solidão. “E sem dúvida dar um abraço em cada uma delas. Independentemente da pena que tiveram e do crime que cometeram, elas estão pagando por seus erros. E quando transexuais, estas mulheres já são triplamente condenadas pela sociedade, que muitas vezes não evita que elas recorram a atos ilícitos para sobreviverem”.

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