Um grande shopping, localizado na cidade de São Paulo, fechou suas portas e acabou tendo um triste desfecho
O ano era de 2012, quando um grande shopping, localizado em um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, fechou as portas deixando o imóvel, aonde ele ficava sediado, no mais total abandono.
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Estamos falando do Shopping Capital, que ficava na Avenida Paes de Barros, no bairro da Mooca.
Começou mal
De acordo com o que foi divulgado pelo portal Jornal Extra, essa situação toda se desencadeou após um desacordo com o limite de área construída permitido pela lei. Para reabrir e obter a autorização da prefeitura, o prédio teria que passar por reformas.
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O Shopping Capital foi inaugurado em maio de 2006, e desde então o Ministério Público brigava pela sua interdição.
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A subprefeitura alegou que o estabelecimento já foi multado em R$ 39,7 mil por causa das irregularidades. O prédio já havia sido lacrado em dezembro de 2007 e novamente em março de 2008, mas continuava funcionando por meio de liminar judicial.
Segundo o portal Diário do Comércio, o Shopping Capital começou mal ao abrir sem condições mínimas de higiene e segurança, conforme relatou o advogado Daniel Alcântara Nastri Cerveira.
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Havia apenas um banheiro e uma escada rolante funcionando, além da falta de guarda-corpo e corrimão nas escadas. Sem contar a poeira e o barulho das obras, incompletas.
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Leilão mal sucedido
Outro problema foi o tamanho do shopping, que fez a prefeitura negar a licença de funcionamento e o Habite-se, o que causou esse “abre e fecha” devido a cassação de TODAS as liminares concedidas.
Após duas tentativas de leilão (a última em 2014) com valor estipulado em R$ 135 milhões e sem receber nenhum lance, o empreendimento, que acabou sendo abandonado por lojistas e clientes, e foi lacrado definitivamente.
O Ministério Público defendia a demolição da área que excede os 31,546 m2 do alvará inicial da edificação, mas isso nunca aconteceu, pelo menos até agora …
Lojistas insatisfeitos
Fora isso, o que é ainda mais grave, no ano de 2018, ele pois condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a indenizar um grupo de lojistas em R$ 15 mil a cada envolvido na ação por danos morais.
O motivo foi o não-cumprimento das condições apresentadas na ocasião do seu lançamento, que incluíam heliponto, salas de cinema, lojas-âncora, estacionamento com 3,6 mil vagas e circulação diária de 6 mil alunos da Unicapital, a faculdade construída em anexo ao shopping.
Segundo o Diário do Comércio, além da restituição dos valores gastos para construção e montagem dos espaços, o TJ-SP também determinou o pagamento dos valores pagos a título de “luvas”, desembolsados antecipadamente para garantir a locação, e os pagos a título de aluguel mínimo, atualizados pela correção monetária e juros de 1% ao mês.
A decisão, que foi de segunda instância, concedeu a indenização por danos morais que tinha sido indeferida na primeira sentença.
Daniel Alcântara Nastri Cerveira, sócio do escritório Cerveira Advogados Associados foi o autor da ação coletiva em defesa dos oito lojistas, dos ramos de cafeteria, papelaria, venda de celulares, de bijoux e até franqueados de redes como Giraffas e Risotto Mix.
Na ocasião de abertura, a taxa de ocupação era de 72,7% em um total de 125 lojas, segundo dados do processo. Porém, cerca de dois anos depois, essa taxa caiu para 19,2%, ou seja, apenas 29 lojas ainda funcionavam.
Com o fluxo reduzido, o faturamento dos lojistas foram afetados e, o empreendimento não conseguiu atingir sua plena capacidade de funcionamento.
Como está a situação do prédio do Shopping Capital agora?
Fora isso, após ser lacrado, ele foi ocupado no ano de 2015, por famílias de sem-tetos. De acordo com a Folha de S. Paulo, haviam várias pessoas, inclusive crianças, no seu interior na época.
Um homem, que se apresentou como um dos líderes do movimento e prefere não divulgar o nome, afirmou que a estimativa era que tivesse 80 famílias já estavam instaladas no local, totalizando cerca de 200 pessoas.
Atualmente, em 2023, de acordo com relatos de moradores locais apurados pelo TV Foco, o prédio continua no mais total abandono, com muitos usuários de drogas no entorno e sem nenhum tipo de previsão do que acontecerá com ele.