A Record vai ter como slogan do ano que vem a frase: “Record, TV aberta para o novo.”. É um grande equívoco.
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Ainda se fosse “Record Aberta Para o Povo.”, ainda vai, mas “Aberta Para o Novo” é uma incoerência e algo que vai contra a história da TV… TV aberta é TV aberta e não pode ter filosofia de TV à cabo. TV aberta não tem, e nem pode ter, nada de novo. O público da TV aberta é composto 80% por senhoras com mais de 50 anos de idade, que são conservadoras e têm a mesma mentalidade das senhoras de 1950, quando começou a TV. Isso a psicologia explica.
Os programas que dão certo na TV aberta são programas tradicionais e que, aliás, são feitos por pessoas, em sua maioria, a cima dos 50 anos. Somente na Record a gente lembra de Marcelo Rezende, Domingos Meirelles, Marcos Hummel, Celso Freitas e Paulo Henrique Amorim, todos com boa audiência e com mais de 60 anos.
Os programas que dão certo são todos parecidos com os programas da década de 60, raras são as novidades. E não adianta ser diferente porque a dona de casa quer segurança e não gosta do desconhecido. Vejam as novelas que querem inventar, fazendo-as modernas, as quais acabam sem audiência. A novela pode ser atrevida no texto, mas tem que ser clássica na forma de apresentar.
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Tudo isso vai contra um slogan que quer dar a ideia de que a Record vai mostrar coisas novas. A dona de casa quer coisas que são conhecidas dela. Alguém deve ter dado tal ideia e ninguém teve coragem de contestar, talvez para não deixar zangada a pessoa que inventou esse slogan.
Falta conhecimento de história da TV dentro da Record, e falta de conhecimento da própria história da emissora. Primeiro precisam achar caminhos de entretenimento que sejam do gosto da dona de casa. Depois tentar criar uma afinidade entre esses produtos e a dona de casa. O restante é perda de tempo e nada vai dizer.
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Texto: James Akel
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