Uma nova Globo

Nos últimos cinco anos, a televisão brasileira tem passado por mudanças no formato da programação. Tanto no Jornalismo, quanto no entretenimento, a Globo tem sido a emissora que mais tem mudado para se adaptar a um novo cenário da TV brasileira. Afinal, você imaginaria em 2010 o Willian Bonner caminhando em um telejornal global e chamando a moça do tempo pelo apelido? Ou ainda um ator falar um palavrão no último capítulo da novela das nove?

Durante estes últimos anos, a Globo tem quebrado vários “tabus” do chamado Padrão Globo de Qualidade e utilizando estratégias até de emissoras concorrentes. Desde o fim de 2013, com as mudanças nas chamadas do “Vale a pena ver de novo” e a “Sessão da Tarde”, houveram a ao por mudanças visuais e também comportamentais na emissora: o modo como o apresentador/jornalista/ator se comporta frente às câmeras. A televisão está tentando sobreviver em meio à popularização da internet.

Mas não é apenas ela, o rádio, os jornais, tudo está girando em torno do conceito de multiplataforma, já que estamos conectados. Ao invés de Globo Notícia, temos hoje o G1 em um minuto, que conecta a informação virtual com a televisiva, porém bem mais descontraída.

E foram três motivos que fizeram com que o comportamento das atrações mudassem:

A popularização da internet é uma das principais. De 2009 pra cá, o acesso à internet domiciliar aqui no Brasil saltou de 40 milhões para 87 milhões de pessoas, segundo o instituto Nielsen. Este número é ainda maior se considerado todos os ambientes: chega a 105 milhões, mais da metade da população.

Novas tecnologias: Aliada à ascenção econômica do país, o número de smarthphones no país chegou a 68 milhões no ano passado. Não existe mais a barreira de apenas o computador se utilizar sentado, em uma mesa, longe da TV. A televisão se tornou uma segunda tela.

O jornalista William Bonner é o exemplo dessa nova fase da Globo: um Willian com opinião, que tem sentimentos e que, agora, fala além das notícias.

A necessidade da humanização dos apresentadores, humoristas, atores e até jornalistas, também mostra que apenas a programação sem  participação da população é algo ultrapassado. Desde 2011, a participação do público com inserções de opiniões na tela por meio da internet vem ocorrendo. Na Globo, isso começou com a inserção de tweets, ainda em 2011.

Mas afinal, o que mudou na Globo? Veja 7 momentos em que a Globo não parece ser a Globo

Atriz fala palavrão em meio ao último capítulo da novela

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=CL_74CfsFnc[/youtube]

William Bonner chama Maria Júlia de Maju

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=JF5GIg8PaR8[/youtube]

Vale a pena ver de novo passa a exibir duas novelas

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=c2-8YNH-NxA[/youtube]

A narração da nova Sessão da Tarde 

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=xB4NVgF8mBY[/youtube]

Globo sendo crítica e autocrítica 

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=w32h69My-x0[/youtube]

Globo Notícia vira G1 em minuto

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O Video Show sendo realmente uma atração extrovertida e não-forçada

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=gx7wPnvKzAw[/youtube]

O que podemos concluir é que, pela primeira vez, a Globo está realmente levando em consideração a opinião do público, isso porque o telespectador quer ver algo que condiza com a realidade, aliada à utilização de novas tecnologias. Uma televisão feita para um público real, que está conectado e que espera ter qualidade técnica e de conteúdo. Assim está a TV brasileira, atualmente. E a cada ano que se passa isso deve ficar ainda mais evidente.