“Uma tortura”: Bonner paralisa JN com nova lei da Uber que traz proibição vital em carros no RJ

Em edição do Jornal Nacional, Bonner expôs nova lei da Uber que prevê proibição vital em carros no estado do Rio de janeiro

Em 09 de janeiro, William Bonner paralisou o Jornal Nacional, da Globo, com uma nova lei da Uber e proibição que afeta todos os carros por aplicativo no estado do Rio de Janeiro.

O fato é que alguns motoristas estavam cobrando taxas extras para o uso do ar-condicionado em um período extremamente quente no estado.

Transformando a situação em algo penoso pra quem depende do serviço:

” Em menos de duas semanas o Jornal Nacional mostrou aqui o sufoco que milhões de brasileiros enfrentam pela falta do ar condicionado no transporte coletivo.

Mas é um desconforto também pra quem usa de transporte por aplicativo e tem que pagar a mais pelo serviço”

Mais detalhes:

Durante a reportagem foi citado que a falta do recurso é “quase uma tortura”, principalmente no Rio de Janeiro, aonde as mesmas estão cada vez mais elevadas.

Porém, apesar do sufoco, alguns passageiros se surpreenderam com taxas extras ao solicitar que alguns motoristas ativassem o mesmo nos veículos.

Com isso, a quantidade de reclamações massivas quanto a essas cobranças extras aumentaram exponencialmente.

Mas, essa medida não foi algo que partiu da Uber, cuja qual emitiu um comunicado proibindo essa ação.

Proibição decretada

Diante disso a Uber deixou bem claro que nunca impediu o uso do ar na tarifa básica e que cobranças adicionais, fora da plataforma, não devem ser aceitas.

Fora isso, a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro determinou a proibição da cobrança de taxa pelo uso do ar-condicionado em carros de aplicativo.

Inclusive, conforme exposto no Jornal, a ação pode culminar na expulsão do motorista da plataforma, tanto no RJ como no país todo.

De acordo com a plataforma, a temperatura do veículo faz parte das preferências de viagem e podem ser combinadas mutuamente.

Motoristas também se revoltam

Porém, de acordo com o portal O Globo, após o ocorrido, alguns motoristas expressaram indignação diante da atitude dos seus colegas, alegando que isso mancha a imagem da categoria.

Rodando pela mesma empresa há um ano e sete meses, o motorista Carlos Cezar, de 32 anos, é um dos que repudiam essa atitude.

Ele conta que a prática, além de ilegal atrapalham a credibilidade dos que trabalham corretamente na categoria mais econômica:

“Antes da pandemia, todas as categorias da Uber eram obrigadas a circular com o ar-condicionado ligado, independentemente do valor da corrida ou do destino do passageiro.

Acho errado que motoristas cobrem taxas por fora. Daqui a pouco, os passageiros revoltados com isso vão deixar de andar na categoria X, migrando para a categoria comfort, que, mesmo sendo mais cara, obrigatoriamente oferece ar condicionado nas viagens. Isso mancha a imagem dessa categoria mais econômica” – Opinou o motorista.

Vale destacar que não apenas a Uber, mas a 99 também frisa que a presença do ar-condicionado faz parte dos requisitos para o cadastro de automóveis nas plataformas. E

Elas também diversificam o serviço oferecido por categorias para melhor atender os clientes.

Quais são as regras para o uso do ar-condicionado nos meios de transporte?

Ainda de acordo com o portal O Globo, as regras de cada empresa de transporte são:

• Uber: A empresa diz que o ar-condicionado faz parte dos requisitos para o cadastro do veículo na plataforma, em todas as modalidades. Entretanto, não existe obrigatoriedade nem proibição, por parte da Uber, de seu uso durante as viagens, independentemente da modalidade. A temperatura do veículo e o uso do rádio podem ser combinados mutuamente entre o motorista e o usuário, sem custos a mais por isso.

• Aplicativo 99:  Da mesma forma, na 99, a utilização ou não do ar-condicionado deve ser combinada entre motorista e passageiro. A empresa reforça, que o bom senso, respeito, empatia e gentileza são fundamentais para que a experiência do passageiro e do motorista parceiro seja a melhor possível. Após a viagem, tanto os condutores quanto passageiros são incentivados a avaliar suas corridas, podendo registrar eventuais ocorrências.

• Táxi: Os motoristas de táxi com passageiros devem ligar o ar-condicionado durante a corrida, conforme determinação da prefeitura do Rio. No entanto, o cliente tem a opção de viajar com as janelas abertas, sem refrigeração, se assim preferir. Os táxis só são licenciados se tiverem o aparelho.

• Ônibus: Desde 2016, a prefeitura do Rio de Janeiro tenta obrigar as empresas a climatizarem os ônibus. No entanto, até hoje parte dos passageiros enfrentam viagens no calorão. Em 2023, a prefeitura começou a cortar os subsídios dos consórcios quando flagrava veículos sem o ar ou com o aparelho desligado. A iniciativa, no entanto, foi derrubada pela Justiça. De acordo com a Secretaria de Transportes, hoje, 80% da frota em circulação tem ar-condicionado.