Padaria nº 1 de BH fica na mira da ANVISA após torta envenenada deixar três pessoas na UTI e relato de funcionária revela verdade chocante
Uma das padarias mais populares do bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, MG, virou alvo da Polícia Civil e acendeu o alerta da ANVISA após três pessoas da mesma família serem internadas em estado grave por intoxicação alimentar.
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Os clientes compraram os alimentos no estabelecimento ainda na segunda-feira (21).
Ao que parece, uma substância ainda não identificada contaminou os produtos.
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O caso ganhou contornos ainda mais alarmantes após o depoimento de uma funcionária, que afirmou que o padeiro responsável teria dito que “faria uma tragédia”.
A partir de uma reportagem exposta pelo SBT News e na Band, a equipe especializada em fiscalização do TV Foco traz todos os detalhes desse caso que acaba de abalar o país.
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O que aconteceu?
Ainda no dia 22 de abril, três pessoas — um casal de 23 e 24 anos e uma idosa de 75 — compraram tortas e empadas de frango na padaria e, segundo relataram, perceberam que os alimentos estavam com gosto e odor alterados.
Diante disso, retornaram ao local, relataram o problema aos funcionários e tiveram o valor devolvido.
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Horas depois, já em Sete Lagoas, os dois jovens começaram a passar mal e buscaram atendimento médico:
- A idosa, que permaneceu em Belo Horizonte, também apresentou sintomas graves.
- O SAMU a socorreu prontamente.
- A equipe médica internou todos, realizou a intubação e mantém os pacientes na UTI.
De acordo com um boletim médico, há suspeita de intoxicação por substâncias como:
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- Carbamato;
- Organofosforato;
- Toxina botulínica.
Além disso, os exames laboratoriais seguem em andamento para confirmação.
A denúncia da funcionária:
Já uma reportagem do Bora Brasil, da Band, no ar nesta última quinta-feira (23), uma funcionária da padaria relatou que o padeiro responsável estava visivelmente alterado no dia da produção.
Ela afirmou ter ouvido dele a frase: “Vou fazer uma tragédia”, após uma discussão intensa ao telefone.
“Ele estava brigando feio no celular, xingando a pessoa de tudo que é nome e falou que ia fazer uma tragédia. A gente não sabia o que era e não se meteu, deixou ele lá, estava muito nervoso e alterado” – Disse ela.
Vale dizer que os funcionários preferiram não se identificar.
Depoimento do padeiro:
Entretanto, o padeiro, que havia sido apontado como foragido, se apresentou voluntariamente à Polícia Civil nesta última quarta-feira (23) e negou qualquer envolvimento.
Em entrevista à Band após o depoimento, ele sugeriu que a falta de higiene no local causou a contaminação:
“Só fiquei sabendo disso pela reportagem e procurei a polícia porque não tenho culpa. O freezer que guarda torta também guarda frango, resto de comida, coxinha para fritar. Por que eu estou levando a culpa?” – Questionou ele.
De acordo com ele, caixas de frango eram jogadas diretamente no freezer, sem higienização adequada, o que poderia ter contaminado a embalagem dos alimentos.
Em que situação está a padaria que vendeu a torta envenenada?
A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte interditou o estabelecimento. A prefeitura confirmou, por nota oficial, que a padaria não possui alvará sanitário nem cadastro no sistema municipal.
Fiscais constataram ainda irregularidades graves de higiene e estrutura física inadequada para a produção e armazenamento de alimentos.
Embora tenha sido um caso isolado, o fato levantou o alerta da ANVISA, uma vez que representa um risco claro à saúde pública.
Inclusive, o proprietário do estabelecimento admitiu à polícia que o padeiro não possuía contrato formal e trabalhava ali há poucos dias, sendo pago em dinheiro vivo, sem registros.
Conclusão:
Em suma, um caso de uma padaria da Pampulha revela os riscos alarmantes da informalidade no setor alimentício e da negligência sanitária.
As investigações precisam esclarecer se houve dolo ou contaminação acidental.
Enquanto isso, três pessoas lutam pela vida em estado crítico. Mas, para saber mais sobre outros casos e até decretos da ANVISA, clique aqui. *