Romance lésbico em Vai na Fé está dado o que falar
Isso porque em Vai na Fé, Clara (Regiane Alves) está descobrindo aos poucos que está apaixonada por Helena (Priscila Sztejnman). A dondoca é casada com Theo (Emílio Dantas), que comete várias atrocidades na trama escrita por Rosane Svartman.
Acontece que a Globo censurou algumas cenas de beijos entre as personagens e revoltou o público de Vai na Fé. Segundo a jornalista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, as atrizes e a equipe da novela foram avisados com antecedência sobre os cortes.
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A cúpula da Globo justificou que não queria a fuga do público evangélico. A emissora nunca escondeu que Vai na Fé é um aceno para esse telespectador que estava afastado das novelas da emissora.
O fato de Clara trair Theo só faria com que o romance lésbico fosse rejeitado. Isso explica o motivo do selinho entre Yuri (Jean Paulo Campos) e Vini (Guthierry Sotero) ter ido ao ar.
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A justificativa é que ambos são jovens e solteiros, já Clara é casada e isso seria uma afronta. Porém, Theo trai a esposa sem dó nem piedade e isso não provoca uma fuga nos telespectadores.
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Um selinho entre a profissional de educação física e a ricaça chegou a acontecer, mas em outra contexto. Na cena, elas estavam querendo fugir das cantadas de dois homens em um bar.
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Porém, Regiane Alves não está muito satisfeita com a censura da Globo. A atriz que também voltará a ser vista em um de seus papéis mais marcantes, como a Dóris de Mulheres Apaixonadas (2003), que voltará a ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo na próxima segunda (29), soltou o verbo contra a emissora carioca.
“No primeiro beijo, eles estavam um pouco em dúvida, mas colocaram. Mas o Paulo Silvestrini [diretor] já tinha me procurado, falando que eles queriam ter muito cuidado para serem personagens mais aceitos do que já estavam sendo e que talvez não entraria no ar”, relembrou Regiane Alves em entrevista ao portal iG.
SOLTOU O VERBO?
“Tanto eu, quanto a Priscila e a Ju Almeida, uma diretora que é lésbica e dirige a maioria das nossas cenas, sentimos um baque de como seria. Até porque, para a artista que estuda e faz uma cena, ela quer que a cena aconteça. A partir do momento que ocorre uma edição, acaba prejudicando um pouco, no sentido de contar aquela história, de como seria. Mas se a Rosane [autora] colocou, é porque ela quer que seja contada”, explicou a intérprete de Clara de Vai na Fé, detonando o que a Globo anda fazendo.
“É muito louco, porque na história o Theo teoricamente é um estuprad0r e as pessoas estão aceitando. Agora um beijo de duas mulheres, por que incomoda tanto? O que agride tanto?”, questionou Regiane Alves.
“Estou tentando colher informações para poder ter essa resposta, não sei. Porque vejo a empresa onde trabalho há 24 anos muito à frente do seu tempo […] Sou intérprete de uma história, em que são muitas pessoas envolvidas – emissora, direção, autores e público. Sou só um pedacinho desse todo”, questionou a artista sobre não entender o motivo da censura da Globo.