“No ar, mais um campeão de audiência”, sou de uma época que essa frase global não causava estranheza alguma. Era até uma redundância. Ontem, quando vi o índice de “Os Dez Mandamentos”, lembrei dos tempos em que a Record atingia mais de 20 pontos e me veio a frase acima. Hoje, não há mais dúvida que os concorrentes podem ir além da Globo, podem construir produtos com a mesma qualidade, ou até melhor.
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Quem viveu a era de ouro do SBT, quando realities atingiam 40 pontos, ou um pouco antes, em Pantanal, primeiríssimo lugar em pleno horário nobre, tem como verdadeira essa possibilidade, mas isso só ocorrerá quando o canal tiver coragem para enfrentar a fera. Enquanto uma emissora ficar encolhida e economizando tudo e mais um pouco para conseguir pagar suas contas, a Globo não terá concorrente.
A nova programação da Record é demonstração de quem está pensando em derrubar o leão. Em plena crise no Brasil, estamos vendo investimentos fantásticos na qualidade. A parte deles está sendo feita, e agora precisamos cumprir com a nossa, que é assistir. Faremos um bem para nós quando recompensarmos o investimento em qualidade com nossa sintonia.
Alguns programas estão despontando no mercado, tanto no SBT como na Record, Cabrini e “Os Dez Mandamentos” são dois deles. Essas são provas de que as redes abertas querem algo bom no ar. E nós, queremos? E o que fazemos para as merecer?
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