Brasileiros notam que o benefício de Vale Alimentação fornecidos pelas empresas não duram o mês todo e isso pode ter uma explicação
A maioria das empresas que seguem o regime CLT de contratação fornecem à seus funcionários o benefício do Vale-Alimentação. Porém muitos brasileiros se queixam de que tal benefício não dura o mês todo.
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Uma pesquisa realizada por uma das maiores empresas de benefícios, a Sodexo, apontou que com um valor médio de R$ 40,64 por refeição, o vale-alimentação dos brasileiros dura apenas 11 dias por mês. Essa marca é inferior à de 2022, quando o benefício durava dois dias a mais.
Poder de compra reduzido
De acordo com a empresa, alguns fatores são responsáveis por esse tempo reduzido do aproveitamento desse crédito. Dessa forma, a inflação e os juros cada vez mais altos são os que mais empacam o poder de compra do trabalhador brasileiro.
Ainda segundo a Sodexo, o benefício do vale-alimentação, devido a todos esses fatores externos, acabam não durando o mês inteiro, fazendo com que o trabalhador beneficiado não consiga usá-lo em média por mais que 11 dias durante todo o mês.
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Vale mencionar que esse dado está inferior aos 13 dias que foram constatados em 2022. Visto que em 2023 a inflação está cada vez maior, logo o poder de compra do brasileiro acaba caindo drasticamente.
Fora isso a pesquisa também apontou que as empresas aumentaram os valores do vale-alimentação para 2023, mas ainda não acompanham o preço das refeições fora de casa, que custam uma média de R$ 40,63 por dia.
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Para efetuar o pagamento do vale-alimentação, as empresas consideram 22 dias úteis. Isso significa que o trabalhador se vê obrigado a pagar por conta própria a metade das refeições feitas fora de casa nos demais dias faltantes do mês.
Qual era a duração do benefício antes da pandemia?
No ano de 2019, período que antecedeu a pandemia da COVID-19, a média de duração do crédito do benefício era de 18 dias. Foi após esse cenário crítico da crise sanitária que devastou o país e o mundo, que o vale-alimentação passou a durar 13 dias.
E esse aumento de 15% no benefício cedido aos trabalhadores, como mencionamos, acaba não influenciando em quase nada em uma possível melhora, já que a inflação é bem maior.
Como resultado disso, o trabalhador mudou o seu comportamento durante as refeições fora de casa, optando por alimentos menos ricos, como salgados e lanches rápidos, que ocuparam o lugar de itens clássicos dos pratos dos brasileiros, como o arroz, o feijão e a carne.