Maior varejista está se afundando junto da Casas Bahia e enfrenta cenário crítico em plena véspera de Natal
Se tem uma frase que define o ano de 2023 para as varejistas é a “O mar não está para peixe”! Desde que o rombo de R$40 bilhões da Americanas veio à tona, milhares de outras varejistas passaram a enfrentar os mais diversos e adversos cenários e crises.
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Falando nela, em plena véspera de Natal, a Americanas, considerada a maior varejista do país, mostrou que ainda está em momento delicado e, assim como a Casas Bahia, que também não está em seu melhor momento, parece se afundar cada vez mais.
Só para vocês terem uma breve noção da situação das varejistas, apesar da crise da Americanas comparada as demais ter proporções muito maiores, a Casas Bahia registou o pior terceiro semestre.
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De acordo com o portal Brazil Journal, a varejista foi impactada pelos custos do plano de reestruturação que a empresa apresentou ao mercado em agosto e pela limpeza dos estoques, fechamento de algumas lojas e até demissões.
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Mas seu prejuízo líquido foi de R$ 836 milhões, quatro vezes maior que o do mesmo período do ano passado e pior do que as projeções do sellside, que esperava um prejuízo na casa dos R$ 600 milhões.
Paralelo a ela a Americanas, que poderia talvez se reerguer nesse fim de ano com as compras e gastos de fim de ano, teve um desfecho contrário, regado também a demissões, fechamento de lojas e prejuízos.
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Efeito reverso
Pois é, no momento em que geralmente as empresas contratam para as vendas de fim de ano, de acordo com o perfil oficial de O Segredo, nas redes sociais, a Americanas executou uma demissão em massa de 5.526 funcionários na semana do dia 27 de novembro a 3 de dezembro.
O que acabou totalizando 33.861 trabalhadores ao final do período, conforme revelado em documento regulatório no dia 07 de dezembro de 2023.
A empresa de varejo ressaltou que as demissões envolviam tanto rescisões voluntárias (306 registros) quanto o término de 4.876 contratos temporários.
Fora isso, só nesse ano de 2023, foram encerradas 121 lojas. De acordo com o portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios, da Globo, considerando que a empresa está em recuperação judicial, esse número pode não ser tão expressivo.
Porém, de acordo com declarações dadas pelo CEO, Leonardo Coelho Pereira, em entrevista concedida ao portal O Globo, esses fechamentos não tem a ver com questões operacionais e sim financeiras, uma vez que o aluguel encareceu demais e as vendas das regiões afetadas não devem crescer.
Comparando novamente com a Casas Bahia, em agosto de 2023, em meio a sua reestruturação citada acima, ela chegou a anunciar o fechamento de 100 lojas, 21 unidades a menos que a Americanas.
Mas como a Americanas chegou nessa situação?
Como mencionamos acima, após o rombo bilionário da Americanas, vir à tona, a situação começou a degringolar, não apenas para ela, como também para outras varejistas que, assim como ela, estão tentando sobreviver e reduzir danos.
Conforme analistas do mercado financeira alegaram, muitos fornecedores passaram a diminuir o prazo de pagamento da varejista, uma vez que possuem receios de levar “um calote”,
Se antes o prazo era de até 124 dias, em abril passou para oito dias, ou seja, os fornecedores estão exigindo um pagamento praticamente à vista.
Falando de operação na prática, é praticamente insustentável manter todos os custos a prazos tão pequenos quando falamos de grandes varejistas.
Como um mais um é dois, a companhia acabou tendo um fluxo de caixa extremamente deteriorado, uma vez que ela precisa fazer retiradas muito mais rápidas do que o habitual de 4 meses para pagar.
De acordo com o portal Seu Dinheiro, o escândalo do rombo somados às consequências tidas após isso fazem com que a Americanas se encontre, atualmente, em uma situação bem “fragilizada”.