Pedrinho, atual presidente do Vasco, lida com decisão de venda do clube e agora enfrenta um futuro incerto.
E a situação desesperadora da 777 Partners, ex-controladora da SAF do Vasco, continua a tomar novos rumos e a gerar incertezas, conforme exposto pelo GE.
De acordo com uma reportagem exposta pelo site norueguês “Josimar Football”, a empresa que agora está sob o controle da A-CAP, está à beira da falência e busca desesperadamente compradores para seus ativos, incluindo os clubes de futebol que adquiriu nos últimos anos, dentre eles o Vasco.
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Medidas drásticas
A reportagem aponta que a A-CAP colocou à venda até um luxuoso iate, chamado 777, anteriormente propriedade de Steven Pasko, um dos sócios-fundadores, por US$ 1,8 milhão (R$ 9,8 milhões).
Além disso, o jato particular usado pelos executivos para viajar pelo mundo, avaliado em US$ 20 milhões (R$ 109 milhões), também está sendo vendido.
Vende-se
Ainda de acordo com o portal, a A-CAP está em busca de um novo investidor para o clube carioca. Inclusive, a empresa solicitou um estudo de viabilidade para a venda de todas as equipes de futebol do grupo.
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Andrés Blazquez, CEO do Genoa, foi responsável pela divulgação da informação na semana passada.
Em reunião com dirigentes da equipe italiana, Blazquez, que assumiu o cargo indicado pela 777, afirmou que a divisão estava sendo encerrada, com todos os clubes do portfólio colocados à venda.
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Vasco busca novo investidor
Porém, conforme dito acima, a A-CAP tem encontrado dificuldades para vender os clubes. O maior empecilho é o processo movido pelo fundo inglês Leadenhall, que entrou na Justiça dos EUA com uma liminar contra a dissipação de ativos da 777:
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- Conforme for a decisão, A-CAP ainda pode ser impedida de negociar os clubes da empresa de Wander e Pasko.
- O Red Star FC, da França, é o único clube da 777 com negociação de venda avançada
Outros times
Além de Vasco, Genoa e Red Star, a 777 comprou Standard Liège (Bélgica), Hertha Berlim (Alemanha), Melbourne Victory (Austrália) e Sevilla (é sócia minoritária do clube espanhol).
Posteriormente, a reportagem apontou os problemas da 777 mundo afora, cujos quais tem contagiado os clubes.
Em maio deste ano, a A-CAP tomou um empréstimo de US$ 40 milhões (R$ 218 milhões) para manter em operação as equipes de futebol.
O dinheiro foi concedido por uma empresa do dono do Chelsea, Todd Boehly, a uma taxa de juros de 46%. Boehly, no entanto, não tem interesse na compra dos clubes da 777.
Apesar das dificuldades, a A-CAP tem pressa para se desfazer das equipes de futebol.
De acordo com Josimar, a seguradora aceitou receber imediatamente 66 milhões de libras (R$ 473 milhões) pelos empréstimos feitos ao Everton, que superaram 200 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão).
Para ficar com a quantia de imediato, a A-CAP topou que o valor restante fosse convertido em ações preferenciais na venda do clube inglês aos americanos do grupo Friedkin.
Despejo
Conforme exposto pelo GE, a 777 ainda foi despejada de seus escritórios em Miami e Newport Beach por questões de aluguel.
Ainda existem problemas judiciais em diversas frentes. Um tribunal inglês, por exemplo, ordenou a liquidação da filial em Londres e tirou a empresa do controle do London Lions.
Além disso, a 777 Asset Management, da qual Pasko é diretor, nomeou um liquidante voluntário na Inglaterra.
Outra empresa subsidiária da 777, a EFOA, entrou com pedido de falência nos EUA, e a companhia aérea econômica do grupo, Bonza, que também está com os dias contados na Austrália.
A Obra Capital Management ainda processou a 777 e Steven Pasko por alegada transferência fraudulenta de duas subsidiárias lucrativas para Pasko em novembro de 2023.
A empresa busca recuperar esses ativos para quitar uma dívida de US$ 20 milhões. Uma audiência sobre o caso está marcada para 19 de novembro.
O que diz Pedrinho sobre a possível venda do Vasco?
De acordo com o Antenados de Futebol, em coletiva de imprensa, apesar de toda a pressão, Pedrinho se mostrou tranquilo e reafirmou a postura amigável do Vasco com a A-CAP.
Ele ainda ressaltou a importância de encontrar um investidor que esteja alinhado com os valores e objetivos do clube:
“Como eles foram cordiais e gentis, a gente espera que a relação termine também de uma forma boa para ambos os lados.
A busca por um novo investidor não é somente financeira, porque isso é o que a gente mais tem recebido do mercado.
É saber quem vai fazer parte da instituição Vasco da Gama, para que a gente não cometa o mesmo erro que foi cometido”
Conclusões finais:
A crise da 777 Partners coloca o futuro do Vasco, como de outros clubes, em risco. E a busca agoniante por compradores, aliada às crises já existentes, cria um cenário de incerteza para o futebol brasileiro.
Apesar disso, Pedrinho se mostrou confiante quanto às novas possibilidades diante da cordialidade em que esses processos estão sendo conduzidos.