“A Favorita”, está de volta na Globo.
Substituindo “O Clone” (2001), a Globo estreou a reprise de “A Favorita” (2008) nesta segunda-feira (16). E quem não se lembra de Flora (Patricia Pillar) e Donatela (Claudia Raia) cantando “Beijinho Doce?”
A música ficou na cabeça do público por causa da dupla Faísca e Espoleta formada pelas duas atrizes no folhetim que foi exibido na primeira vez no horário nobre da Globo. E poderá ser ouvida novamente em “A Favorita”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
SAIBA MAIS! História, quem é a vilã, elenco e demais detalhes; saiba tudo sobre A Favorita
A novela, que marcou a estreia de João Emanuel Carneiro na faixa nobre, inovou ao não deixar claro para o telespectador a mocinha e a vilã da história. O suspense agradou e, somente dois meses depois que o autor chamou de primeiro ato de “A Favorita”, o mistério foi revelado.
“Eu queria fazer uma novela que, justamente, jogasse com essa figura da heroína que pode ser heroína, que pode ser a vilã, jogasse essa dubiedade em torno desses dois personagens e fazer uma coisa ousada, arriscada, que é mexer com a identificação do público com os personagens”, disse o autor de “A Favorita”, em entrevista ao jornal extra na época.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No passado, as duas personagens foram criadas juntas e formaram a dupla sertaneja Faísca e Espoleta. Porém, Flora foi presa, acusada de matar o companheiro de Donatela e deixa a prisão disposta a provar a sua inocência, acusando a ex-parceira de ter cometido o tal crime. O acerto de contas entre elas começa então, causando a maior comoção no público com um clássico folhetim, repleto de amor e suspense.
CONFIRA CURIOSIDADES DA NOVELA:
JOÃO EMANUEL CARNEIRO
“A Favorita”, foi a primeira novela das nove de João Emanuel Carneiro. A trama, cheia de reviravoltas e considerada inovadora, estreou em junho de 2008 e fez grande sucesso. Antes disso, ele já tinha escrito “Da Cor do Pecado”, que foi a primeira trama a ter uma protagonista negra, vivida por Taís Araújo; e “Cobras & Lagartos” para o horário das sete. O autor já assinou outros grandes sucessos depois como “Avenida Brasil”, “A Regra do Jogo” e “Segundo Sol”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“A ideia da Favorita, da dubiedade da vilã e a dubiedade da mocinha, da heroína da história, surgiu quando eu estava fazendo Da Cor do Pecado, que a personagem Bárbara, da Giovanna Antonelli, que fez maravilhosamente bem esse personagem. Ela era uma louca, uma degenerada e conquistou a simpatia do público e a minha simpatia de alguma maneira”, disse João Emanuel Carneiro.
PARÓDIA
A trama ganhou uma paródia em “Casseta e Planeta, Urgente!”, programa humorístico da emissora. A paródia foi chamada de “A Periquita”.
JULIANA PAES
A atriz Juliana Paes, em ascensão na Globo, vivia na trama a jornalista Maíra, onde deixou o elenco para ser a protagonista da novela substituta no horário, “Caminhos da Índia”, de Glória Perez. O final de sua personagem se deu no dia 21/08/2008, quando, após ser atropelada, Maíra é assassinada por Flora no hospital.
VALE A PENA VER DE NOVO
Nunca reprisada na TV aberta, “A Favorita”, foi a primeira das novelas do catálogo da Globo disponíveis para o público no Globoplay.
PRÊMIOS
A trama ganhou dois prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) relativos ao ano de 2008: o de melhor autor, para João Emanuel Carneiro, e o de melhor atriz, para Patrícia Pillar. Um baita sucesso!
CUSPE
Em 2020, em entrevista na época em que “A Favorita”, foi disponibilizada no Globoplay, Ary Fontoura e Claudia Raia comentaram sobre o improviso do intérprete de Silveirinha.
“É uma cena cruel. Estávamos tomados pela emoção. Começamos a brigar e foi indo, foi indo, foi indo e as coisas aconteceram, eu cuspi de verdade na Claudia. É claro que a gente não pode perder a razão, mas há cenas que são tão envolventes que temos que tomar muito cuidado para não ultrapassar limites”, disse o veterano ator.
“A cena do cuspe foi uma loucura. A Donatela pega o Silveirinha com a Flora, entra ali e dá de cara com a traição. Ele, que parecia um mordomo fofo, querido, é um vilão da pior espécie, que não vale nada. Eu falava muito, falava horrores pra eles. Nós passamos [a cena] e não tinha o cuspe, não estava escrito isso. A gente começou a fazer e aquele ódio [da personagem] veio vindo, pegando fogo. Eu falava na cara dele, bem perto, ficamos cara a cara, e vi que ele ficou transtornado. Na hora pensei: ‘Nossa’. Do nada, ele cuspiu na minha cara”, recordou Claudia Raia.