Venda à Gol, demissão em massa e falência decretada
Companhias aéreas como a Gol Airlines são populares e procuradas no ramo de turismo e viagens, mas no mês de julho de 2006 houve um triste marco para a história da aviação brasileira.
A mais antiga companhia aérea do país estava afundada em uma grave crise financeira que se prolongava desde o final da década de 1990.
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Mesmo com os salários dos funcionários atrasados por quatro meses, eles continuaram a operar voos programados pela companhia. Porém, após ser vendida em um leilão, uma semana depois, começaram as demissões, resultando na perda de mais de 5 mil empregos em apenas um dia.
QUAL COMPANHIA AÉREA FOI VENDIDA?
Segundo informações coletadas no site GHZ Geral, a empresa de aviação em questão foi a Varig, vendida para a Gol, conhecida por ser pioneira da área.
De acordo com especialistas, os primeiros indícios de declínio da Varig, surgiram na década de 1980. Apesar de apresentar resultados financeiros positivos, a empresa enfrentou desafios devido à alta depreciação da moeda cruzeiro, à hiperinflação e à política econômica instável do Brasil na época.
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Os planos adotados no período pós-ditadura militar priorizaram o congelamento das tarifas aéreas, que já estavam defasadas, levando a problemas de gestão nas companhias aéreas.
A Varig foi a única companhia de bandeira brasileira a obter exclusividade na operação de linhas internacionais de longo percurso e a professora de história da aviação no curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Cláudia Musa Fay, conclui que ao abrir o mercado para empresas estrangeiras sem nenhum estudo gerou uma concorrência muito desigual. Enquanto a empresa operava com 200 aviões, as concorrentes internacionais possuíam 2.000.
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Uma semana após o leilão, no pior dia dos seus 79 anos de história, a Varig, vendida para a Gol, anunciou a demissão de 5,5 mil funcionários e por telegrama. Do total de 9.485 empregados no Brasil, apenas 3.985 seriam mantidos.
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A Varig foi vendida à Volo do Brasil, uma sociedade composta por empresários brasileiros e um fundo americano que havia adquirido a subsidiária de cargas, a Varig Log.
Porém, devido a falta de recursos para administrar a empresa, a Volo vendeu a Varig para a Gol em 28 de março de 2007 por US$ 320 milhões. Algumas aeronaves foram integradas às rotas da Gol, mas a Varig como empresa independente chegou ao fim.