Duas tradicionais lojas de móveis, sendo uma vista como uma das mais queridinhas dos Shoppings, acabaram deixando de existir após venda à Magalu e não resistir a concorrência
As lojas de móveis em sua maioria sempre estiveram na lista de estabelecimentos mais procurados e de interesse comum. Ainda mais durante o confinamento causado pela pandemia da Covid-19, aonde o interesse por mobílias novas bem como decoração aumentaram de forma absurda.
Só para ter uma ideia, de acordo com o que foi divulgado pelo Jornal Extra, uma pesquisa realizada pelo Grupo Consumoteca, apontou que 55% das pessoas da classe A e 39% da C fizeram alguma mudança na decoração neste período.
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Porém, ao longo dos anos, esse tipo de segmento também sofreram algumas reviravoltas e até mesmo a extinção de alguns nomes relevantes, o que causou um certo choque em milhares de consumidores.
Sendo assim, separamos dois desses casos, envolvendo lojas tradicionais e até mesmo uma gigante e queridinha loja dos shoppings que acabaram dando adeus.
1- Lojas do Baú vendida à Magalu
A “Lojas do Baú“, fundada ainda em setembro de 2007, teve sua primeira loja inaugurada na região de Santo André, Região Metropolitana de São Paulo. Na época a varejista tinha como meta abrir lojas nas regiões Sul e Sudeste do país e disputar com as gigantes do setor da época, as Casas Bahia e o Ponto Frio.
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Porém, no ano de 2011, mais precisamente em meados do dia 13 junho de 2011, as Lojas do Baú foram vendidas à Magazine Luíza (Magalu), cuja transação teve sua conclusão definitiva no dia 27 daquele mesmo mês.
Segundo o portal Uol, um dos motivos da venda para a Magalu, foi por não possuir condições de concorrer com grandes empresas globais de varejo correndo o risco de acabar falindo.
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A compra das Lojas do Baú custou aos cofres da Magazine Luíza, o valor de 83 milhões de reais cuja operação envolvia as 121 lojas da varejista distribuídas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
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De acordo com o que foi publicado na Folha de São Paulo, das 121 lojas do Baú, 12 foram fechadas e quatro incorporadas a Magalu com reformas. A decisão foi informada, na ocasião, via teleconferência após a conclusão do plano de avaliação dos pontos de venda.
Segundo Frederico Trajano, até então diretor-executivo de marketing e vendas da rede e que atualmente atua como CEO da Magalu, outras 35 unidades da Lojas do Baú passariam a funcionar no modelo de loja virtual no período de outubro daquele ano.
As outras 70 lojas do Baú seriam mantidas sob a mesma bandeira até janeiro do ano de 2012, quando adotariam o nome do Magazine Luiza, mudança que marcaria de vez o fim e o adeus da marca Baú.
Essa movimentação ocorreu ao mesmo tempo em que a varejista dá outros passos de integração da Lojas Maia, adquirida no ano de 2010.
3- Etna – O fim devastador da queridinha dos shoppings
Por fim, nós temos a Etna, cujo fim devastador foi marcado por prateleiras vazias pela falta de produtos, após 17 anos de existência.
MAS ANTES DE MAIS NADA É BOM FRISAR QUE, pelo que foi apurado pelo TV FOCO, o encerramento da Etna se deu apenas por não conseguir acompanhar a concorrência.
Ou seja, não se tratou de uma falência, até porque a queridinha dos shoppings saiu sem nenhuma dívida.
Vale mencionar que pelas redes sociais oficiais da loja, se espalharam avisos informando dos fechamentos por conta de “organização” e da liquidação. A última postagem da mesma foi em março de 2022, justamente na época em que ela se despediu de vez.
Segundo o portal CNN, ainda no dia 25 de março do ano de 2022, a Etna emitiu um comunicado aonde explicou a situação e se despediu de todos os seus clientes e parceiros: “A Etna pertence a um grupo empresarial de sucesso no varejo e irá descontinuar suas operações da melhor forma possível, cumprindo com todos os seus compromissos perante seus colaboradores, clientes, fornecedores e prestadores de serviço”.
Conforme exposto pelo portal Istoé Dinheiro, cerca de 400 colaboradores foram demitidos com a decisão de fechar definitivamente.
Na ocasião, a loja já atuava com apenas 4 lojas físicas ativa e uma plataforma de e-comerce.
Os pontos foram se diluindo aos poucos e dentro de seis meses, já havia encerrado todas as suas atividades.
Porém, para conseguir acabar com o estoque, a empresa realizou uma grande queima, o que de certa forma foi bem vantajosa pois ofereceu até 90% de desconto para todos os clientes.
Inclusive, ela fez questão que no mesmo comunicado fosse divulgado essa mega liquidação, como podem ver aqui*
Mas por que a lojas Etna fechou?
De acordo com o portal EXAME, apesar do período de confinamento, devido à pandemia da Covid-19, ter impulsionado as pessoas a se interessarem por decoração e itens para casa, como mencionamos bem no inicio desse texto, os erros de estratégia da empresa acabaram não suportando a concorrência do e-commerce.
Nesse contexto, a Etna acabou um tanto defasada. Afinal de contas, a rede se baseava no modelo de megastores, com unidades grandes, custosas e cansativas para o consumidor.
Era um modelo inspirado na gigante Ikea, mas que acabou perdendo espaço com o tempo.
Um fato interessante é que o setor de supermercados vive um movimento parecido uma vez que os hipermercados já perderam espaços para os atacarejos e lojas de proximidade*
(Para saber mais sobre esse assunto, clique aqui*)
Até porque, negócios menores solucionam muito mais o problema do consumidor na hora de fazer aquela compra de última hora.
Somado com as dificuldades causadas pelas compras na internet, já que ela não investiu tanto quanto deveria no digital, a Etna acabou sofrendo muito mais do que deveria com a pandemia.
Por outro lado, o avanço das compras pela internet nos últimos três anos impulsionou empresas nativas digitais que já vinham ganhando espaço no segmento, como a MadeiraMadeira e Mobly, o que acabou deixando a Etna cada vez mais pra trás.