Grande marca de doces, no segmento de sorvetes, após ser comprada pela Nestlé acabou se despedindo do público após fusão para derrubar rivais como Lacta e outras
Você pode não se lembrar, mas entre os anos 80/90 existiu uma grande fábrica de doces, cuja marca fazia a cabeça da galera com seus sorvetes em sabores e formatos irresistíveis.
Aliás, quem tinha como costume ir à praia na época deve lembrar bem dos carrinhos de sorvete, aonde a marca ganhava um destaque ainda maior.
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Se você pensou na marca Yopa, acertou em cheio! Porém, o que muitos não sabem é que seu fim foi marcado por grandes viradas:
- Como a venda para a poderosa Nestlé;
- Uma grande fusão com rival que deixou outras concorrentes no chão como a também gigante Lacta.
História e tradição
Conforme mencionamos acima, a marca possuía inúmeras linhas de sorvetes, cujos quais tiveram seu maior “BOOM” entre as décadas de 80/90.
Inclusive, seu sucesso por aqui se deu principalmente por conta dos produtos com personagens conhecidos da Disney, como o Mickey, e de formatos até então inovadores, como o jatinho e o cone.
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De acordo com o portal Exame, a origem da Yopa se deu na Alemanha ainda no ano de 1933.
O alemão Josef Pankofer criou por lá o sorvete Jopa (iniciais do nome e do sobrenome dele). Aliás, vale destacar que foi um dos primeiros sorvetes e alimentos congelados partindo de uma produção industrial.
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No entanto, no ano de 1969, a Nestlé assumiu o controle da empresa:
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- Com a aquisição da Nestlé, a marca começou a chegar em novos mercados, como Espanha, Suíça, França, Chile e México.
- Já no Brasil, a marca deu o seu olá em 1972. Para manter a pronúncia original, o nome foi adaptado de Jopa para Yopa.
Diversão e sabor
Logo nos primeiros anos de atuação no Brasil, a Nestlé adaptou marcas de chocolate em sorvetes, o que ganhou a popularidade das pessoas. Entre os mais populares estavam:
- Galak;
- Prestígio;
- Chokito;
- Lollo;
- Leite Moça;
- Brigadeiro;
Toda a produção e distribuição dos produtos foi focada na região Centro Sul do país por 10 anos, até 1982.
A partir daí, a Yopa concentrou as vendas e produções na região Sudeste, com operações no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Nos anos 90, a marca mantinha a liderança com 12% do mercado de sorvetes do país. Ficando atrás somente das:
- Gelato, da Gessy Lever (antiga Unilever);
- Kibon, líder do setor com cerca de 60% do mercado.
Fusão arrasadora
Ainda em 1990 a Nestlé decidiu concretizar a fusão coma Gessy Lever no intuito de criar uma joint-venture casando as operações das marcas Yopa (da Nestlé) e Gelato (Gessy Lever) no Brasil.
De acordo com o portal Exame, a negociação levou cerca de 8 meses e criou uma nova empresa, chamada Insol, controlada 50% por cada companhia.
Nesse mesmo período, a empresa também lançou picolés famosos, como o Comics, com a imagem do Mickey, e o famigerado e delicioso sorvete Sem Parar.
Essa fusão durou até meados de 1993, porém ajudou a alavancar a marca de sorvetes da Nestlé.
Conforme dito acima a inovação e criatividade fez com que a linha estourasse muito rápido no gosto popular da época, fazendo com que as demais marcas, como a Lacta, ficassem em desvantagem.
Quando a Yopa teve seu fim definitivo?
Porém, no ano de 1997, a Unilever comprou a Kibon, fazendo com que a rival tomasse a liderança do mercado no Brasil.
O fato acabou obrigando a Nestlé a ser ainda mais estratégica com a sua marca Yopa. Aos poucos, pesquisas de mercado começaram a apontar preferência crescente pelos produtos da própria Nestlé.
Com isso, a resposta da marca foi extinguir a marca Yopa e a substituir pela própria identidade corporativa.
Aliás, vale destacar que até hoje os Sorvetes Nestlé ainda são comercializados, com novas linhas, sabores, formatos e misturas …
Conclusões finais:
Toda essa história da Yopa nos faz refletir em como nenhum mercado está isento de mudanças, por mais que a marca/empresa tenha uma trajetória de sucesso.
Independente do segmento, a inovação e adaptação diante das adversidades são fundamentais para que uma ou mais marcas permaneçam existindo.
