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Venda à Fiat e encerramento: O adeus de montadora que acaba de ressurgir das cinzas com retorno TRIUNFAL

23/08/2023 às 9h06

Por: Lennita Lee
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Montadora ressurge das cinzas após anos com as atividades paralisadas (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

Montadora GIGANTE brasileira, que chegou a ser vendida para FIAT, após encerrar as atividades, ganha um retorno triunfal!

E uma importante e GIGANTE montadora nacional, após anos de existência, teve suas produções encerradas deixando milhares de brasileiros em choque.

Estamos falando da Fábrica Nacional de Motores (FNM)  cuja história se iniciou em 1940, ainda no governo  Vargas, na cidade de Duque de Caxias-RJ, distrito de Xerém.

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História e tradição

De acordo com o portal FNM ALFA, ela que foi idealizada pelo Brigadeiro Antônio Guedes Muniz, foi oficialmente fundada no dia 13 de junho de 1942, e tinha como foco inicial a construção de motores aeronáuticos, que seriam utilizados em aviões de treinamento militar.

Vale dizer que na época o mundo estava enfrentando a Segunda Guerra Mundial, e em troca da utilização de bases militares no nordeste brasileiro, o governo norte americano ofereceu incentivos financeiros e assistência técnica, para a construção tanto da FNM, como da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

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Mas a produção de fato começou apenas em 1946, quando o maquinário ficou pronto, e pouquíssimas unidades de motores de avião chegaram a ser construídos pela FNM pois, com o fim da guerra, os mesmos já estavam ultrapassados e se tornaram defasados.

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Nesta época a FNM já era chamada de “cidade dos motores”.

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Se reinventando

Após isso, a montadora passou por uma intensa reformulação, e como contava com  excelentes máquinas importadas para a fabricação daqueles motores que facilmente se adaptavam a vários outros tipos de produção, ela deu inicio a fabricação de geladeiras, compressores, bicicletas, tampinhas de garrafas e peças para trem, fazendo-se também serviços de revisão de motores de avião.

Porém, no inicio de 1949 a FNM firmou contrato com a Italiana Isotta Fraschini para a fabricação de um caminhão Diesel de 7,5 lt, inicialmente apenas montado aqui, mas com projeto de nacionalização progressiva.

Até o fim daquele ano foram entregues 200 desses caminhões, denominados FNM IF-D-7300 para 7.500 kg.  Mas nos anos 50, a Isotta, que enfrentava dificuldades financeiras em casa, veio a encerrar as suas atividades.

Em vista disso, pouco tempo depois, ainda em 1950,  a FNM  firmou um novo acordo, com a também italiana Alfa Romeo, pelo qual seriam fabricados os caminhões Alfa Romeo, e também chassis para ônibus, sob licença da marca italiana.

Os caminhões seriam denominados FNM-Alfa Romeo D-9.500, e seriam equipados com motor de 130 CV, tendo uma capacidade de carga de 8.100 kg (aumentada para 22.000 kg, se acoplado a uma carreta de dois eixos).

Então em 1951 começou a produção do FNM D-9,500, mas a sua comercialização só se daria no início de 1952.

Graças a suas características de grande robustez, foi imediatamente muito bem aceito no mercado, além de ser o  único caminhão na época  a possuir uma espaçosa cabine leito dotada de duas camas, ideal para longas viagens, que então duravam de semanas a meses.

Como foi o fim da montadora?

Os anos se passaram e em 1968, a fábrica foi vendida de vez para a Alfa Romeo que posteriormente acabou sendo vendida para Fiat, em 1973.

De acordo com o portal Blog do Caminhoneiro, a produção de um dos seus modelos mais aclamados, o  D-11000 seguiu até 1972, quando foram apresentados os novos modelos FNM 180 e 210, com nova cabine e muitas melhorias técnicas.

Esses novos caminhões derivavam de projeto do Alfa Romeo Mille, que foi fabricado na Itália entre 1958 e 1964.

Depois do encerramento da produção do modelo na Itália, os equipamentos foram enviados pela Alfa Romeo para a FNM, para que o 180 pudesse ser fabricado no Brasil.

O 180 e o 210 foram fabricado no país até 1977 como modelos FNM, e depois como Fiat diesel, até 1979.

Apesar da mudança de nome, para Fiat 180, o caminhão continuava praticamente idêntico ao modelo apresentado em 1972. Depois de 1979, entraram em cena modelos Fiat, como o 190 e os leves 130.

Ainda de acordo com o Blog Diário do Caminhoneiro, a  história da FNM foi encerrada no ano de 1985. Isso porque em junho daquele ano, um dos diretores da Fiat Caminhões no Brasil, Camilli Donatti, anunciava no Rio de Janeiro, a paralisação das linhas de montagem da empresa.

Demissão em massa

Fora isso foram reduzidos de cerca de 600 para 100, os funcionários da empresa que antes era a poderosa Fiat Diesel que passaram a se dedicar exclusivamente na fabricação de peças para reposição da grande frota Fiat/FNM circulante no Brasil.

Durante os anos em que produziu caminhões, de 1949 a 1985, foram fabricados 57.330 caminhões pesados, 9.129 médios, 6.756 leves e 2.684 ônibus, totalizando 75.899 veículos produzidos.

Volta triunfal

Apesar de milhares de caminhões FNM ainda circularem pelo país, como mencionamos no texto, a marca deixou de ser usada após a Fiat encerrar a produção dos modelos no ano de 1985.

Porém, de acordo com o Estadão, no ano de 2020, a marca voltou ao cenário nacional. Vale dizer que ela foi registrada no ano de 2006, com o mesmo brasão derivado do logotipo da Alfa Romeo, mas voltada a ser a Fábrica Nacional de Mobilidades.

Esse retorno triunfal se deu graças a uma parceria entre os empresários José Antonio e Alberto Martins  e a Agrale.

Eles são filhos de José Antonio Fernandes Martins, que atuou como executivo da Marcopolo por 53 anos.

Diferente dos caminhões FNM antigos, esses são elétricos e rodam praticamente sem emitir nenhum ruído, além de não poluírem.

No ano de 2021, a FNM Elétricos já tinha recebido mais de 7 mil encomendas dos novos caminhões, de diversas empresas, sendo o lote mais representativo adquirido pela Ambev, onde foram realizados os testes.

A empresa negociou a aquisição de 1.000 caminhões dos modelos 832 e 833,  e planejou adquirir também novos modelos, que a FNM Elétricos produziria nos próximos anos, com menor e maior capacidade de carga.

A empresa já havia anunciado a produção de vans elétricas, com PBT de 3,5 e 6,5 toneladas, batizadas de 837 e 838.

Em março de 2023, de acordo com o portal Blog do Caminhoneiro, a montadora apresentou seu novo caminhão 100% elétrico 831, com PBT (peso bruto total) de 11 toneladas.

O modelo de porte médio entrou em um segmento abaixo do 833, que possui capacidade de 18 toneladas. A marca divulgou até o momento uma única foto do 831 e não forneceu ainda mais nenhuma informação técnica sobre o produto.

O 831 foi produzido na planta industrial da Agrale em Caxias do Sul (RS) e compartilha com os caminhões da montadora gaúcha a mesma cabine em fibra de vidro, o chassi e as suspensões.

A frente do novo elétrico da FNM segue o design já adotado no irmão maior, com grade frontal e faróis inspirados nos antigos “Fenemê” D-11000.

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Lennita Lee

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 32 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora, e voltei para essa cidade, afim de recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi a dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras.Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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