3 carros das marcas Renault, Chevrolet e Volkswagen, projetados no Brasil e que foram um verdadeiro fracasso
Já dissemos em muitas matérias que o setor automotivo é um dos mais consolidados no mercado.
Fora isso já está mais que comprovado a excelência que o mesmo desempenha ao longo de sua existência.
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O que não faltam são carros projetados no Brasil, por inúmeras montadoras, que não apenas se tornaram sucessos domésticos, como acabaram ganhando espaço no mercado exterior.
Mas como toda história, existem dois lados … E infelizmente muitos desses carros projetados no Brasil acabaram sentindo o gosto amargo do fiasco e foram considerados um dos maiores vexames em vendas.
De acordo com o Auto Papo, 3 deles em especial envolvendo as montadoras Renault, Chevrolet e Volkswagen foram os que mais chamaram a atenção nesse quesito e é sobre isso que iremos falar agora.
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1- Apollo – O vexame de vendas
Vamos iniciar a lista com a era dos clones da Autolatina*, cuja qual resultou em alguns fracassos memoráveis de carros projetados no Brasil.
Pra quem não sabe, a Autolatina foi uma joint venture formada entre a Ford e a Volkswagen nos mercados brasileiro e argentino, entre 1987 e 1996.
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No início dessa holding formada por Ford e Volkswagen nasceu, nos anos 90, o Apollo.
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O carro que tinha tudo para ser aclamado, nada mais era que uma versão da Volks para o Verona, modelo da marca da Ford lançado em 1989.
A plataforma era a da 5º geração global do Escort.
Mas enquanto o Verona usava motores 1.6 CHT e 1.8 AP, o Apollo só era equipado com o conjunto da montadora alemã.
Com fama de acabamento ruim e problemas na parte elétrica, os dois sedãs naufragaram nas vendas e saíram de linha 1992.
O Apollo foi substituído pelo Logus, outro carro projetado no Brasil que foi um fracasso.
Já o Verona ainda voltou em 1993, em configuração 4 portas e com motores AP 1.8 e 2.0. Também patinou nas vendas e morreu em 1996 juntamente com a Autolatina.
2- Renault Oroch -Destronado pelo Toro
Em setembro de 2015 a Renault pensou em criar uma picape intermediária entre as compactas e as médias.
Mas, em vez de caprichar, a marca francesa optou por fazer quase um Duster com caçamba. Poderia ter dado mais certo? Poderia, porém o popular da francesa acabou destronado com a chegada da Fiat Toro.
A rival não só é bem melhor resolvida no design, como tem carga útil maior que a da Oroch.
Isso sem falar que nasceu com motores mais interessantes e até com opção turbodiesel.
Resultado: a Oroch tornou-se rapidamente um dos carros projetados no Brasil que “despontaram para o fracasso”.
A Oroch não deu um adeus, mas sempre vendeu bem menos que a adversária, apesar da mudança de posicionamento de picape mais para o trabalho e a imagem de robustez que passa.
A Renault até tentou dar uma animada com um recente face-lift, motor turbo e câmbio automático.
Só que a chegada da nova Montana só fez piorar as coisas para as vendas da Oroch.
Para se ter ideia, no primeiro semestre de 2023, a picape da Renault vendeu apenas 730 unidades, quatro vezes menos que a concorrente da Chevrolet e sete vezes menos que a Toro.
3- Qual carro perdeu espaço para o Chevrolet Ônix?
Por fim, temos um popular da Chevrolet que no inicio do milénio chegou como uma possível solução para o inicio complicado da General Motors (GM), no Brasil.
Com a matriz em crise e poucos recursos para bancar os projetos, a filial buscou alternativas “criativas” para renovar sua linha, pelo menos era para ser assim …
No ano de 2009 o Projeto Viva se iniciou, cujo qual previa uma nova família de compactos para o Mercosul.
O plano era fazer um hatch, um sedã, uma minivan e uma picape em cima da plataforma do primeiro Corsa, de 1994.
Essa arquitetura perdurava no Celta e nos sedãs Prisma e Classic de então, enquanto a segunda geração do Corsa convivia com essa nova geração de veículos.
Em 2009, nasceu, então, o Agile que logo de cara se consagrou como um hatch que desagradou pelo estilo controverso, bem diferente do carro-conceito GPix, mostrado no Salão de São Paulo de 2006, sobre o qual foi baseado.
O acabamento e o comportamento dinâmico também eram falhos, o que rendeu ao modelo o apelido de Fragile.
O motor 1.4 Família I pouco aliviava a má-fama do Agile.
Com outros modelos pequenos da GM com custo/benefício melhor e a chegada de uma nova safra de compactos baseada em projetos sul-coreanos, o Agile deixou de ser produzido em 2014.
Inclusive, de acordo com informações do Canal Tech, naquele mesmo ano de 2014, após vender 347.054 unidades, o hatch saiu de linha e foi completamente engolido por outro hatch da mesma empresa, e que depois viria a se tornar o carro mais vendido da GM aqui no Brasil: o Chevrolet Onix.