Um cantor icônico brasileiro, no auge do seu sucesso, foi encontrado morto em sua residência e sua morte comoveu o País inteiro, pois, ele era amado por muitas pessoas, principalmente das gerações mais novas.
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Estamos falando de Alexandre Magno Abrão, o eterno Chorão. Ele era vocalista da banda “Charlie Brown Jr”, formada na década de 90 e que fez muito sucesso, vale ressaltar, que suas músicas são extremamente famosas e ainda são lembradas e tocadas até hoje.
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Chorão foi encontrado morto em seu apartamento no dia 6 de março de 2013. Localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, o apartamento foi encontrado revirado e a polícia também havia encontrado amostras de um pó branco similar à cocaína.
O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal na época, comprovou em um resultado de exame, que foram encontradas no corpo de Chorão 4,714 microgramas de cocaína por mililitro de sangue. A conclusão dos peritos é de que a morte foi causada por “intoxicação exógena devido à cocainemia” Ou seja tudo indicava que chorão sofreu uma overdose por uso de cocaína.
A vida pública do cantor foi marcada por uma série de desentendimentos entre os integrantes da banda e com outros músicos, como a conhecida briga com Marcelo Camelo, integrante do Los Hermanos, em 2007. Chorão também chegou a agredir o cantor na sala de desembarque do Aeroporto de Fortaleza e foi levado pela Polícia Federal.
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Além da carreira musical, Chorão também escreveu alguns roteiros, como do filme “O Magnata” (2007), dirigido por Johnny Araújo, e do longa “O Cobrador”, que ainda está em produção. Ele também era dono do Chorão Skate Park, em Santos, uma pista de skate indoor.
Chorão foi Casado por 15 anos com a estilista Graziela Gonçalves, cuja qual se separou dele em meados de novembro de 2012. Ele deixou um filho, Alexandre, fruto da relação com sua primeira mulher, Thais Lima.
Alguns artistas e celebridades também se chocaram com a morte do músico, como Luciano Huck que postou em seu Twitter na época: “Caramba…o Chorão morreu! Muito triste! Gostava muito dele! Bom coração! Poeta! Gente boa! Despejo todo meu carinho na família! Uma perda!”– Escreveu o apresentador Luciano Huck
Pra quem não sabe, Chorão também era primo da apresentadora Sônia Abrão, que ficou extremamente abalada na época com a morte dele: “ele não queria morrer sozinho”.
A apresentadora ainda disse que Chorão passava por uma depressão profunda, mas não acredita na hipótese de suicídio. Segundo Sônia, ele era muito ligado à família e cuidava da mãe, vítima de um (AVC). “Ele deve ter tido uma crise de desespero forte, de solidão, depressão, seja o que for. Acho que ele não teve noção de que estava numa situação limite”. Ainda segundo Sônia Abrão, o cantor não fazia terapia: “Ele dizia que a sua terapia era o palco”
CHORÃO E CHAMPIGNON: DUAS PERDAS MARCANTES NO MESMO ANO:
Alguns meses depois da morte de Chorão, um dos amigos mais próximos dele [que inclusive também já fez parte da banda “Charlie Brown Jr] o Luiz Carlos Leão Duarte Junior, mais conhecido como Champignon, foi encontrado morto com um tiro na boca na madrugada do dia 9 de setembro de 2013, em seu apartamento na região do Morumbi.
O baixista tinha 35 anos e estava em seu segundo casamento, Vizinhos disseram que a polícia foi chamada depois de um barulho de tiro vindo do apartamento do baixista por volta de 0h30. Policiais militares e uma equipe do Samu foram ao local e se depararam com o corpo de Champignon já morto.
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O síndico do prédio aonde Champignon morava, Gino Castro, entregou na época para as imagens das câmeras de segurança para a polícia, aonde mostrava o músico e a mulher chegando ao prédio, pouco depois da meia-noite daquele domingo. Segundo Gino, o comportamento de Champignon era “normal, como de qualquer outro morador”. “Super tranquilos. Nunca tive nenhuma reclamação. Muito solidário com a molecada do condomínio”– Disse Castro.
O Vizinho do casal, o corretor de imóveis Alexandre Benaion, de 40 anos, morava no mesmo andar e tinha sido o primeiro a chegar para prestar socorro: “Eu ouvi um tiro, fui ver o que era e o rapaz já estava caído, cheio de sangue”- Disse Benaion.
O corretor também afirmou na época ter ficado surpreso com o suposto suicídio, porque o músico aparentava ser uma pessoa tranquila. O corretor também havia informado, que a esposa de Champignon, Cláudia Campos, estava gravida de 5 meses. Após o corpo ter sido encontrado, Cláudia foi levada para um hospital, em choque: “Ela estava abalada, gritando, não falou nada, só gritava”– Disse Benaion.
RELATO DA POLÍCIA SOBRE O CASO:
O sargento da Polícia Militar Ronaldo Moreira, na época, disse ter encontrado sinal de que apenas um tiro havia sido disparado: “Nós entramos (no apartamento) tinha uns vizinhos lá dentro, mostraram para a gente o quarto e verificamos o Champignon no chão. Muito sangue. Uma arma na mão dele e achamos uma cápsula da arma e um projétil”– Disse ele
“Ela (Cláudia Campos) falou que eles tinham acabado de chegar do restaurante. Ele se fechou no quarto, ela escutou o estampido, o barulho do tiro, e depois foi pedir ajuda para o vizinho”– Contou Ronaldo
Segundo o sargento, a arma do crime era uma pistola calibre 380. Cláudia havia informado aos policiais que além daquela pistola, Champignon possuía mais duas armas, que inclusive foram retiradas do apartamento, dentro de um saco preto, pela própria policia.
TRAGÉTORIA DE VIDAS ENTRE CHORÃO E CHAMPIGNON:
Champignon tinha 35 anos quando faleceu, era nascido de Santos, litoral paulista. O músico havia lançado vários discos com a banda Charlie Brown Jr, que deixou em 2005, após algumas brigas com o vocalista Chorão.
Nessa época, ele participou de outros projetos, como o grupo Nove Mil Anjos, que tinha Junior Lima (irmão de Sandy) na bateria.
Em 2011, Champignon retornou ao Charlie Brown Jr. fazendo com que a banda voltasse a contar com a presença dos quatro integrantes da formação original de 1992: Marcão, Champignon, Chorão e Thiago Castanho, além do baterista Bruno Graveto, que passou a integrar o grupo em 2008.
Após a morte de Chorão, em 6 de março de 2013, os membros do Charlie Brown lançaram a banda “A Banca”, que tinha, inclusive, o Champignon como vocalista.
Em 2013, Champignon também havia perdido outo companheiro de banda além de Chorão, o guitarrista Peu Sousa, ex-colega de Nove Mil Anjos, também havia sido encontrado morto em maio em sua casa, no bairro de Itapuã, em Salvador.
Em entrevista ao Portal G1, da Globo, Champignon falou sobre as mortes dos amigos: “Os dois perderam a fé. Quando perdem a fé, perdem a vontade de viver. Foi mais um dia muito triste. Eu acho que as pessoas, em algum momento da vida, perdem a fé. Independentemente se morrem por droga, ou enforcadas. Se perdem a vida sem culpa de ninguém, acredito que em algum momento perderam a fé”– Declarou Champignon