Ator de ‘Cidade de Deus’ teve vida difícil e desabafa 20 anos após o lançamento do filme
O filme Cidade de Deus foi um dos filmes nacionais com mais sucesso em nosso país. Um ator famoso do folhetim, desafiou sobre vida difícil, mesmo tendo ficado famoso após a exibição dele.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Estamos falando do ator Rubens Sabino da Silva, que atuou em Cidade de Deus com o personagem Neguinho, o garoto que, de arma em punho, perguntava: “Porra, Dadinho, como é que tu chega assim na minha boca, meu amigo?”.
“Dadinho é o caralho, meu nome agora é Zé Pequeno, porra!”, dizia o ator Leandro Firmino na pele do traficante. Quem não lembra dessa cena?
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
É a cena mais lembrada do filme, criado por Fernando Meirelles, hoje disponível no Globoplay, para todos os assinantes assistirem.
Para quem não lembra, Cidade de Deus retrata o crescimento do crime organizado na comunidade da Zona Oeste carioca.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em entrevista ao jornal Extra, o ator desabafou: “Eu virei um morador de rua famoso, mas não rico, enquanto “Cidade de Deus” arrecadou milhões — sublinha Rubens, emendando: — Na época, ganhei um cachê de R$ 5 mil. Com a nota do contador, passou pra R$ 4,5 mil.
Ao falar sobre sua infância, que fugiu de casa aos 8 anos onde morava com a mãe e as três irmãs mais velhas:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Minha mãe, dona Zilma, era uma baita guerreira. Meu pai era alcoólatra, igual a mim. Quando ele sumia, ela vinha com a gente até a feira da Lapa e esperava o movimento acabar para pegar pelanca de frango”, disse Rubens Sabino da Silva.
Em junho de 2003, meses após o lançamento do filme, o ator roubou a bolsa de uma mulher dentro de um ônibus na Avenida Niemeyer, Zona Sul do Rio. No episódio, justificou o delito dizendo que estava sem comer há muito tempo:
“Cometi um crime e me arrependo muito. Eu era muito moleque, fiz essa idiotice. Quando o camarada tem a ficha limpa, pode fazer concurso público. Eu não posso mais”, disse o ator.
O ator já foi encontrado na cracolândia de São Paulo e falou sobre sua vida:
“Já usei drogas pelo Brasil inteiro, como qualquer morador de rua, mas consegui superar. Hoje, eu sou isso aqui, cigarro e cerveja”.
O ator então fala como vive sua vida hoje: “Eu ando por várias cidades do Rio, São Paulo, Minas, Sul do país. Vou pedindo esmola e que me paguem passagens. Às vezes, vou para lugares distantes, achando que ninguém vai me reconhecer. Eu não tenho casa, minha morada é o mundo. Ainda quero conhecer o Nordeste”.