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Estive olhando alguns vídeos da rede Tupi. Lembrei não somente dos programas, mas de um pensamento que é meio estranho ocorrer hoje em dia: “Como está sendo bom viver esse momento da TV”. Essa lembrança surgiu quando vi imagens de algumas novelas antigas, tais como “Ídolos de Pano”, onde um jovem Tony Ramos expressava o que havia de melhor em vestir um personagem. Vestir, aliás, que também era sabiamente desnudado em “O Astro”.
Flávio Cavalcanti também estava presente nessas fotos, e Hebe, vi o primeiro programa dela na rede do Chateaubriand. Um pouco após essa época, nos domingos, isso durante anos, pelo menos uma dezena deles, chegávamos do domingo para assistirmos “Os Trapalhões” e, fantasticamente bem produzido, curtirmos as curiosidades em forma de notícia e o humor genial de Chico Anísio em um programa onde queríamos “olhar bem e prestar atenção”.
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Gosto da TV atual, não há o que reclamar, temos de tudo, desde o mais baixo nível até programas de primeira linha, mas não lembro de ter essa sensação descrita no início do texto, aquela em que expressamos profundamente nossa admiração pelo que está sendo produzido. Um orgulho de ser brasileiro devido a tramas bem estruturadas e artistas assumindo personagens inspiradores, convictos de que não seriam desprezados perante a falta de sensibilidade pública.
Não é que a baixo nível seja coisa de hoje, mas, quando ligávamos no Chacrinha, o rei do esculacho, além de vermos o comunicador jogando bacalhau na plateia, assistíamos grandes nomes da MPB sendo mesclados com talentos populares. Era uma baixaria alegre e que se revelava atenta ao sofisticado.
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Nada de saudosismo, longe disso, apenas sinto falta de me orgulhar do que vejo na nossa tela.
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