Volkswagen e Chevrolet, ambas representadas pela ANFAVEA, unem forças para aniquilar montadora rival no Brasil neste ano de 2025 após não suportarem a concorrência
Parece até coisa de novela, mas a concorrência no setor automotivo brasileiro acaba de ganhar um novo capítulo polêmico neste ano de 2025.
Isso porque a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), representante das principais montadoras no país, como a Chevrolet, Volkswagen e outras no Brasil, arma medidas para “aniquilar” e dar adeus à forte concorrência que as montadoras enfrentam contra as montadoras chinesas.
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Essa ação, de certa forma, uniu todas elas ao questionar a respeito quanto ao rápido crescimento das mesmas no Brasil, com foco ainda maior na BYD. Afinal de contas, está cada vez mais difícil suportar e superar os números que elas apresentam no mercado.

A suspeita levantada é que tais empresas estão praticando dumping. Ao que tudo indica, até um pedido de investigação está sendo avaliado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Diante disso e a partir de informações divulgadas pela Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo e os próprios dados da Fenabrave, a equipe especializada em mercado automotivo do TV Foco traz o panorama dessa situação que mal começou e já tem dado o que falar.
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Mas o que é dumping?
Para quem não sabe, a prática de dumping se configura quando uma empresa exporta produtos para outro país a preços abaixo do custo de produção ou do valor normalmente cobrado no mercado interno, comprometendo a concorrência e prejudicando a indústria local.
Sendo assim, em caso de comprovação da prática, as montadoras envolvidas podem sofrer medidas severas, como as temidas sobretaxas sobre os produtos importados.
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Um crescimento assombroso:
Não é de hoje que se fala que as marcas chinesas têm conquistado espaço no mercado brasileiro, principalmente no segmento de veículos eletrificados.
De acordo com os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a BYD tem apresentado dados cada vez mais assombrosos perante a concorrência:
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- A BYD alcançou 4,14% de participação no mercado interno de veículos leves em dezembro de 2024, superando marcas tradicionais como Honda e Nissan.
- No acumulado do ano, a BYD obteve 3,1% do mercado total.
- A BYD liderou o segmento de veículos elétricos e híbridos com 76,8 mil unidades vendidas em 2024, seguida pela GWM com 29,2 mil unidades, enquanto a Toyota vendeu 20,3 mil híbridos e a Volvo, 8,6 mil unidades.
- A soma das vendas da BYD e GWM representa 60% do total de carros eletrificados comercializados no Brasil.
Declarações:
Até o momento, a Anfavea não confirmou oficialmente o pedido de investigação, mas ressaltou que defende a livre concorrência e a prevenção de práticas que possam prejudicar a indústria automotiva nacional.
No entanto, conforme exposto pelo O Estado de S.Paulo, informou que o pedido de averiguação de dumping deve ser protocolado em breve.
As montadoras chinesas também reagiram:
- A GWM declarou que “vê a ação com tranquilidade” e afirmou que segue rigorosamente as normas brasileiras e internacionais.
- A BYD negou qualquer prática de dumping e reiterou seu compromisso com a legislação brasileira e as regras de comércio internacional.
- O MDIC, por sua vez, afirmou que ainda não recebeu nenhum pedido oficial de investigação.
Qual é a expectativa do mercado automotivo no Brasil?
A crescente presença das montadoras chinesas, aliada à inauguração de suas fábricas no Brasil, pode redesenhar o setor automotivo nacional.
O que nos resta é saber se a investigação de antidumping será de fato iniciada e quais serão os impactos dessa ação na competitividade do mercado brasileiro.
Veja abaixo as datas da inauguração de cada uma das chinesas mencionadas:
- BYD prevista para o primeiro trimestre de 2025.
- GWM para o segundo semestre.
Mas, para saber sobre as montadoras do Brasil e suas novidades, cliquem aqui*.
Considerações finais:
Em suma a Anfavea entrou em uma “queda de braço” contra as montadoras chinesas as quais crescem de forma exponencial, comparada ao desempenho das demais no Brasil.
Uma das principais acusações envolvem a prática de dumping. No entanto as montadoras chinesas demonstram tranquilidade quanto as possíveis investigações.