Quando nos deparamos com uma sociedade homofóbica, fica cada vez mais importante as pessoas defenderem a bandeira LGBTQIA+.
Isso faz com que as pessoas que fazem parte da comunidade se sintam seguras para serem elas mesmas sem medo de serem atacadas, julgadas ou hostilizadas.
Em 2013, o ator José de Abreu deu uma declaração que chocou o Brasil.
O ator na época tinha 68 anos e revelou ser bissexual nas redes sociais: "Eu sou bissexual e daí? Posso escolher quem eu beijo? Quando quero beijar uma pessoa não peço atestado de preferência sexual, só depende dela querer. Não posso obriga-la a me beijar. Pouquíssimos gays se atreveriam a fazer que eu fiz em 1975: Viver com minha mulher [na época, a professora Nara Keiserman] e dois filhos [de 2 e 3 anos] e com um casal gay que viviam maritalmente durante dois anos".
O ator renomado da Globo continuou dizendo: "Tem dias que prefiro homens, tem dias que prefiro mulheres. Tenho que mudar? Eu sou assim, ué. Tenho que ser igual aos outros? Prefiro o que me dá prazer. E prefiro ter a 'preferência' que deixá-la nas mãos da natureza… Ou de Deus. Prefiro homens e mulheres que me interesses sexualmente".
Porém, em 2019 o ator veterano da Globo voltou atrás e disse que não era bissexual e que fiz isso para causar uma discussão sobre o assunto: “Não podia dizer que era negro, nem pobre, nem prostituto, nem índio, que ninguém ia acreditar. A única coisa em que podiam acreditar é que era gay, para sentirem a pressão de fazer parte de uma minoria”.
O ator concluiu dizendo: “Fiz isso para criar um fato novo, para discutir de uma forma diferente a homossexualidade. Imagine eu, pai de cinco filhos, com quatro netos... Tudo isto criou uma polêmica absurda no Brasil. Mas para mim foi ótimo. A minha mulher não gostou muito, mas os meus filhos não se chatearam. Se fosse verdade, não haveria problema nenhum”.