William Bonner dá opinião sobre caso de Paraisópolis e causa revolta em eleitores de Bolsonaro

William Bonner causou polêmica ao falar sobre caso em comunidade e eleitores de Jair Bolsonaro ficaram ofendidos com frase irônica do apresentador (Foto: Reprodução / Globo)

Apresentador fez declaração polêmica durante noticiário e parte dos telespectadores dispararam diversas críticas

William Bonner causou uma verdadeira polêmica ao noticiar as nove mortes na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, durante o “Jornal Nacional”, da Globo, nesta segunda-feira (2). O apresentador foi bastante irônico ao apontar quem estava lamentando o caso.

“Está doendo em todos os cidadãos de bem do país enquanto tudo é apurado”, disse o âncora do telejornal. Imediatamente, a internet virou palco de um verdadeiro debate sobre a declaração de William Bonner, que acabou dividindo opiniões.

“Ele quis provocar aqueles que votaram no Jair Bolsonaro e se afirmam todos os dias como cidadãos de bem, mas ignoraram a existência dos grupos de minorias”, apontou uma telespectadora. “Todos os dias têm cidadão de bem matando, espancando e torturando. Alguns deles até vestem fardas”, criticou outra. “Me senti ofendida”, confessou uma terceira pessoa.

“Fico imaginando a dor dessa gente com tanta maldade no Brasil. Foram os cidadãos de bem que aplaudiram essa tragédia. Esse termo soa agora tão pejorativo que estranhei o apresentador citando referente àqueles que se comoveram com a morte dos nove jovens, em Paraisópolis. Isso porque os que se autodenominam cidadãos de bem estão agradecendo a Polícia Militar pelo ocorrido, o que é lamentável. Todo mundo sabe que cidadão de bem, ironicamente falando, não se importa com preto favelado”, ressaltou um outro rapaz que acompanhava o noticiário.

A tragédia tem sido investigada pela Polícia Civil de São Paulo. Estiveram envolvidos, no mínimo, seis agentes públicos, que prestaram depoimento ao delegado responsável e o caso seguirá sendo apurado. Por enquanto, entende-se que os jovens foram mortos por pisoteamento. Os familiares das vítimas apontam outras versões.