William Bonner e Renata Vasconcellos foram atacados pelo presidente Jair Bolsonaro após a edição do Jornal Nacional, da TV Globo, do último sábado (8)
William Bonner e Renata Vasconcellos se tornaram alvos de Jair Bolsonaro, que promete levar sua insatisfação com um editorial feito no Jornal Nacional, no último sábado (8), sobre as mais de 100 mil mortes por covid-19, para a Justiça. Nesta sexta-feira (14), o chefe do Executivo se pronunciou sobre o acontecimento no telejornal e se mostrou insatisfeito com o posicionamento da Globo.
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Em sua live semanal nas redes sociais, o presidente do Brasil não chegou a nomear o noticiário, mas afirmou que um “órgão de imprensa grande” o acusou de ser responsável pelas mortes, “genocida” e rebateu as alegações, afirmando que desde antes do Carnaval tomando todas as medidas necessárias para evitar tantas perdas.
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Retomando o discurso que tem gerado inúmeras críticas, Jair Bolsonaro mostrou uma caixa de hidroxicloroquina e disse que muitas mortes poderiam ser evitadas. O ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi citado no discurso do político e disse que a determinação de isolar pessoas com histórico de doenças respiratórias não foi uma boa medida, além de chamá-lo de “marqueteiro da Globo”.
NÃO PERDOOU AS DECLARAÇÕES DOS JORNALISTAS
O presidente afirmou que levará o discurso lido por William Bonner e Renata Vasconcellos para os tribunais. “Uma acusação de genocida para cima de mim no horário nobre, ou que eu sou o responsável e que deveria cumprir a Constituição”, disparou o chefe do Executivo, visivelmente alterado. Ele citou os R$ 700 bilhões investidos para evitar o vírus e o desemprego nos últimos meses também.
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Você pode conferir o momento a partir de 33 minutos e 40 segundos:
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EDITORIAL ARRASADOR NO JN
William Bonner e Renata Vasconcellos não chamaram Bolsonaro de “genocida” em nenhum momento, mas listaram todas as atitudes tomadas pelo político que não foram recomendadas por especialistas, além das polêmicas declarações, como ter chamado a covid-19 de “gripezinha”. Os âncoras do Jornal Nacional dispensaram o boa noite e fizeram pausas dramáticas para anunciar as 100 mil mortes.
Neste sábado (8), o Brasil chegou à marca de cem mil mortos por Covid. Segundo a Constituição, a saúde é um direito de todos. E todos os governantes têm a obrigação de proporcionar aos cidadãos esse direito. pic.twitter.com/L5zR3OvJPN
— Jornal Nacional (@jornalnacional) August 8, 2020