Moradores realizam paralisação em frente ao metrô de Belo Horizonte
Diariamente, milhares de moradores de Belo Horizonte, Minas Gerais, utilizam o metrô como meio de transporte, seja pelo custo-benefício ou pela rapidez no deslocamento.
Desse modo, para ampliar a mobilidade na cidade, foi iniciada a construção da Linha 2 do metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A obra teve início em 16 de setembro de 2024, durante o mandato do governador Romeu Zema. No entanto, desde então, famílias impactadas pela expansão do transporte passaram a paralisar as obras.
Mas, afinal, o que aconteceu?
Na última segunda-feira, 17, um protesto paralisou as obras da Linha 2, com a participação de movimentos sociais e políticos, incluindo:
- Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST);
- Movimento Brasil Popular;
- Levante Popular da Juventude;
- Vereador de Belo Horizonte, Bruno Pedralva (PT);
- Deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL).
Os moradores exigem a abertura de uma mesa de negociação com a Metrô BH, concessionária responsável pelo serviço desde a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● Pimentel anuncia nova lei em Curitiba, PR, que traz gratuidade nos ônibus a +1 grupo além dos idosos 60+ em 2025
● “Por unanimidade”: Nova lei dos ônibus em Curitiba, PR, traz proibição que afeta o transporte público em 2025
● Rasteira nos cariocas: Nova paralisação no metrô do RJ é confirmada nesta quinta (20) na era Cláudio Castro
Desde setembro de 2024, aproximadamente 400 famílias vivem a incerteza sobre onde irão morar, já que a empresa anunciou a necessidade de remoção dessas pessoas para a expansão do modal ferroviário.
Reivindicações dos moradores
Em declaração, o vereador Bruno Pedralva afirmou: “A empresa privada Metrô BH está judiando e cometendo diversas violações dos direitos das famílias que moram no entorno da futura linha 2 do metrô de BH. A pauta é a garantia de direitos. Tem família recebendo R$ 10 mil para entregar sua casa. Isso é um absurdo”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Os moradores exigem que as remoções ocorram apenas com garantias concretas de reassentamento.
De acordo com apurações do TV Foco e informações do portal BDF, a população afetada reivindica:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
- Instalação imediata de uma mesa de negociação coletiva, envolvendo governos federal, estadual e municipal, a Metrô BH e a representação dos moradores;
- Negociação “chave por chave”, garantindo que ninguém seja despejado sem alternativa de moradia digna;
- Critérios justos de indenização, considerando o número real de famílias por imóvel;
- Transparência no processo de remoção, com a participação direta dos moradores nas decisões;
- Garantia de reassentamento adequado para que nenhuma família fique desamparada.
Outro lado
A Metrô BH informou que já realizou o mapeamento da área de desocupação e iniciou as negociações com os moradores impactados.
A empresa planeja destinar um total de R$ 28,7 milhões em indenizações, o que equivale a uma média de R$ 89 mil por família.
Reviravolta atinge o metrô
Após mais de oito horas de protesto, os moradores decidiram suspender temporariamente a paralisação das obras, diante da abertura de novas negociações.
A reunião está prevista para ocorrer nesta quarta-feira, 19, de acordo com informações do portal BHAZ.
A reunião contará com a presença do CEO da Metrô BH, Cláudio Andrade, e de um representante do Ministério Público Estadual.
O chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Bruno de Barros e Souza, também assinou um ofício convocando a negociação.
O que diz o governo de Minas Gerais?
Por fim, em nota oficial, o Governo de Minas Gerais destacou que “as desapropriações necessárias para a execução do projeto são uma obrigação contratual da concessionária responsável”.
No entanto, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) afirmou que acompanha o processo para garantir transparência e indenizações justas.
Considerações finais
Em suma, na segunda-feira, 17, moradores de Belo Horizonte paralisaram as obras da Linha 2 do metrô em protesto contra os pagamentos insuficientes por suas residências.
A mobilização resultou na abertura de novas negociações com o governo, a Metrô BH e o Ministério Público, fato que deixou o Governo de Romeu Zema ciente.
Veja mais informações sobre o transporte público clicando aqui.