Uma das características do novo “Zorra”, é buscar uma cerca polêmica em alguma de suas esquetes, assim como o “Tá no Ar”, que alcançou grande sucesso na última temporada justamente pelo seu humor mais ácido.
Neste último sábado (12), por exemplo, o humorístico causou mais uma polêmica. Deste vez, o programa mostrou um enterro de um soldado gay. O detalhe é que uma bandeira do time do São Paulo também é apresentada na cerimônia. Para algumas pessoas, a piada acabou reforçando o preconceito que existe ao associar torcedores do clube à questão da sexualidade.
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O jornalista esportivo Luis Augusto Simon, conhecido como Menon, chegou a protestar contra a atitude do programa através de seu blog: “A Globo, em rede nacional, incentiva o preconceito. A Globo, em rede nacional, compactua com a homofobia”.
Em entrevista ao colunista Mauricio Stycer, o humorista Marcius Melhem, um dos responsáveis pela parte criativa do “Zorra”, defende a piada. “A provocação era justamente ver a leitura das pessoas. Veja bem: o militar gay que morreu foi colocado como um herói. Ser gay não era uma questão para o Exército. Esse dado positivo passa quase despercebido. Mas sabíamos que as pessoas iam focar na bandeira do São Paulo. E nossa intenção era tirar o preconceito do armário”, disse ele. “Muitos entenderam. Mas tem muita gente com pedras na mão já esperando pra atirar. Sem nem tentar entender a leitura. Sofremos isso com (o quadro sobre) Casas Bahia no ‘Tá no Ar’. Era a favor da questão do negro no país. Mas foi só mexer no tabu que parece que estamos sacaneando”, completou.
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